HIROSHIMA, 7 de ago (Diário do Povo Online) – A Associação das vítimas do bombardeamento nuclear do Japão reprovou, quarta-feira (5) a proposta de mudança da política de segurança do primeiro-ministro, Shinzo Abe em relação à segurança e prometeu unir várias forças várias capazes de bloquear tais iniciativas no sentido de preservar firmemente a paz.
A Associação prestou tais declarações no âmbito das atividades alusivas ao 70º aniversário da vitória da guerra antifascista mundial, assim como do bombardeamento atômico sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, a serem completados este ano, tendo as deliberações contrárias a proposta de Abe sido feitas em Hiroshima, no mesmo dia em que aquela cidade foi vítima de uma das maiores crueldades que a história conheceu, na qual avisa expressa: a lei de segurança de remover a proibição de autodefesa coletiva que o governo de Abe tentou passar no Congresso levaria o país a "abandonar o pacifismo de pós-guerra".
“Não queríamos ver uma guerra iniciada pelo país, o que é um sentimento do público”, disse a associação, “vamos trabalhar em conjunto para impedir as ações imprudentes do primeiro-ministro Abe.”, garantiu.
Durante a manifestação, o porta-voz da associação leu a declaração enviada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban –Ki-moo, na qual está escrito que aos apelos nucleares das vítimas dos bombardeamentos atómicos “o movimento mundial anti nuclear cresceu e a ONU está solidária com todos vocês”.
De acordo com os resultados de uma pesquisa pública sobre as vítimas de bombardeamento atômico divulgados pela agência de Kyodo News, 70% dos inquiridos opõem-se à mudança do artigo IX da Constituição, enquanto os que concordam não atingem 16%.
Segundo o artigo IX da Constituição, “o povo japonês busca sinceramente a paz internacional baseada na justiça e ordem, desiste, para sempre, das iniciativas de guerra ou ameaça militar para resolver as disputas internacionais. ” Muitas vítimas de bombardeamento nuclear pediram “não à guerra” e insistiram o artigo IX da Constituição, em função da trágica experiência vivida pelo povo japonês.