Lhasa, 27 dez (Xinhua) -- A Região Autônoma do Tibete, sudoeste da China, está elaborando padrões para a thangka, uma tradicional pintura budista tibetana, informaram na sexta-feira as autoridades locais.

Wangchen, diretor do instituto para a padronização, subordinado ao departamento regional de supervisão de qualidade e técnica, disse que os padrões definirão a thangka de acordo com o tecido usado como tela, pigmento, habilidades de pintura e outros.

Os padrões que serão anunciados em 2017 vão incluir os princípios de avaliação para as obras de thangka, segundo Wangchen.

Os padrões melhorarão a qualidade do trabalho e protegerão os pintores profissionais que seguem a arte tradicional.

A thangka é uma forma de pintura em seda que data do Império Tubo Tibetano (cerca de 629 a 840 d.C.). As obras são normalmente pintadas com pigmentos minerais e orgânicos derivados de materiais como coral, ágata, safira, pérola e ouro, e as cores nas pinturas podem durar por séculos.

As pinturas, murais, artes e ofícios com retalhos e esculturas de thangka foram declarados Patrimônio Cultural Intangível para a Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2009.

Nos últimos anos, o mercado de thangka tem sido próspero. Mais de 3 mil pessoas são dedicadas à indústria no Tibete.

"Como a thangka se torna cada vez mais popular, devemos padronizar a produção e o marketing para o desenvolvimento da arte", disse Nyima Tsering, funcionário do departamento regional da cultura.