Brasília, 5 abr (Xinhua) -- A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 14,4 bilhões no primeiro trimestre, melhor resultado apresentado no período desde o início da série histórica em 1989, informou esta segunda-feira o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

O resultado representa a diferença entre os US$ 50,4 bilhões de exportação e os US$ 36 bilhões de importação, o que significa que as exportações cresceram cerca de 20,4% em termos anuais, enquanto as importações, 8,4%.

O mês de março registrou um superávit de US$ 7,1 bilhões, resultado de US$ 20 bilhões de exportações contra US$ 12,9 bilhões de importações, recorde histórico para este mês, alem de ter representado um aumento de 61,2% em relação a março de 2016.

Ao apresentar os dados, o diretor de estatísticas e apoio à exportação do ministério, Herlon Brandão, destacou as iniciativas do governo federal para manter os envios da carne produzida no país, apesar do escândalo provocado pela operação "Carne Fraca" da Polícia Federal, realizada em março e que apontou fraudes no setor.

"O governo tomou todas as medidas necessárias para não perder nenhum mercado comprador e, depois de um breve susto no início da quarta semana de março, quando ocorreu uma queda na média diária de exportações do setor, a situação voltou à normalidade", afirmou o executivo do ministério.

Em março, as exportações de produtos básicos tiveram um crescimento de 29,7%, devido, principalmente à venda do minério de ferro (186,7%), petróleo bruto (145,9%), carne porcina (33,4%) e carne de frango (7%).

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 47,69 bilhões em 2016, o mais alto da série histórica.

Para este ano, a projeção do mercado financeiro é de um saldo comercial positivo de US$ 50,07 bilhões.