Um exemplo da famosa serie de memes que viralizaram esta semana.
O aplicativo mais famoso de mensagens instantâneas da China, o WeChat, foi inundado com o meme “Quem somos/O que queremos”, geralmente associado a comportamentos laborais e a práticas de consumo na China.
A nova loucura online teve início na semana passada, quando uma conta do Weibo, semelhante ao Twitter, publicou uma versão do meme alusiva à mentalidade dos clientes do país asiático, dispostos a gastar dinheiro em bens dos quais não necessitam.
A publicação foi um sucesso, sendo partilhada 15,000 vezes e conseguindo 11,000 curtidas desde o seu lançamento a 13 de agosto.
Sem surpresas, uma conta pública de WeChat de marketing partilhou o meme, passando a lançar novas versões no dia 15 de agosto, alavancando assim a sua exposição.
“Não estavamos à espera que os memes viralizassem deste modo, estavamos apenas a fazer o nosso trabalho de rotina”, disse o detentor da conta.
“Os memes trouxeram popularidade ao post, com 2,91 milhões de visualizações em 18,000 likes”, constata.
Novas versões entraram rapidamente em circulação para expressar o ponto de vista dos cibernautas. Do modo de vida de diferentes profissões ao mundo dos vídeo jogos, há de tudo um pouco.
“Esta é uma forma das pessoas poderem ridicularizar seus fardos psicológicos, a ansiedade e a pressão do dia-a-dia. A popularidade online destes memes foi espontânea. A sua repercussão foi tão rápida e estrondosa que nem precisou de qualquer apoio promocional”, disse Zhang Hongzhong, professor da Escola de Jornalismo e Comunicação da Universidade Normal de Beijing.
“Ele reflete a mentalidade social e as suas emoções, ao expressar realidades que a maioria das pessoas querem discutir mas às quais tem receio de dar voz”, acrescentou Zhang.
Os primeiros memes do género foram lançados em 2012, no ocidente. Viriam a chegar à China em 2013, sendo populares essencialmente entre os fãs de quadradinhos.