Depois de dois anos de projeto e sete de execução, a China inaugura até o fim deste ano, a megaponte que liga Hong Kong a Macau e à cidade de Zhuhai, na província de Guangdong, no sul do país.
Com 55 km de extensão (sendo 66 metros na forma de túnel submarino) e quatro ilhas artificiais, a construção liga as duas pontas do Delta do Rio das Pérolas (considerada a quarta maior baía do mundo, atrás somente de Tóquio, São Francisco e Nova Iorque).
O empreendimento custou 120 bilhões de yuans, cujo aporte veio das três regiões: a ponte em si, dividida por três; e as ilhas artificiais (cada região bancou a sua), Hong Kong duas. Sem bancos ingleses.
Segundo o vice-prefeito de Zhuhai, Zhu Qingqiao - que já foi diplomata no Brasil por três anos - a ponte servirá para agilizar as transações comerciais entre as três regiões, já que, sobretudo, Hong Kong e Zhuhai são importantes portos e cidades logísticas e de serviços do país; e também fomentar o turismo para além dos cassinos em Macau.
O trajeto, antes feito por ferryboat, que levava de 70 a 90 minutos, agora foi reduzido para 25. A ideia da ponte vem desde os anos 80.
Segundo o engenheiro Yu Lie, vice-diretor do empreendimento da ponte, a construção das ilhas artificiais foi a primeira obra concluída, em 221 dias. O túnel foi a segunda etapa. E os três grandes pilares vieram em dois anos, sendo concluídos em 2016. Só então a ponte propriamente dita, que já estava em andamento, foi implementada.
Por agora, a ponte já está aberta a ambulância, polícia e outros serviços essenciais. Mas até o final do ano será aberta ao público.
Entretanto, para ressarcir o custo, será cobrado pedágio de 150 yuans (cerca de R$ 87) para automóveis de passeio e 300 yuans (R$ 174) para ônibus e caminhões.
Por J.C.Cardoso, Monitor Mercantil