A JD, segunda gigante de comércio eletrônico da China (atrás somente do grupo Alibaba, embora não se considere seu concorrente) cobre 99% do território de seu país. Segundo Gloria Li, vice-presidente e chefe de Relações Internacionais da plataforma, disse que, como planos de expansão para o exterior, a empresa se programa para, em dois anos, alcançar Indonésia e Sudeste Asiático; e em cinco, América Latina, neste último caso, para importar para o mercado chinês produtos do México e do Brasil. O Brasil se faz presente exportando castanha do Pará e Sandálias Havaianas.

Para o pesquisador Guo Cunhai, diretor do Departamento de Estudos Multidisciplinares do Instituto de Estudos da América Latina (Ilas) da Academia de Ciências Sociais (ACS) de Beijing, a China, que já tem o Brasil atualmente como principal parceiro no setor de energia, quer investir em serviços, sobretudo em coworking, conhecimento e coméricio eletrônico.

Segundo o jornal espanhol “El País”, em 2014, a Alpargatas S/A - fabricante das sandálias - teve lucro líquido de R$ 280,2 milhões, queda de 9,6% em relação ao ano anterior. Mas fechou o último trimestre com lucro líquido de R$ 84,9 milhões, 16,8% a mais do que no mesmo período de 2013. Conseguiu, principalmente, graças ao aumento das operações internacionais, ao crescimento das vendas nacionais de Havaianas e à entrada do grupo, com 30% de participação, na Osklen.

Nos últimos anos, o lucro gerado pela exportação das Havaianas quadruplicou e os países que mais compram são Austrália e Filipinas.

Na Ásia, a empresa mantém escritórios e representações comerciais na Jordânia, Índia, Indonésia, Japão, Malásia, Mianmar (ex-Birmânia), Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, e Tailandia.

Por J.C.Cardoso, Monitor Mercantil