Explorador lunar da China estuda rochas no lado oculto da Lua

Fonte: Xinhua    07.03.2019 13h45

Beijing, 7 mar (Xinhua) -- O explorador lunar da China conduziu a detecção científica de algumas rochas no lado oculto da Lua, o que poderá ajudar os cientistas a descobrir se os corpos rochosos são do espaço sideral ou originários da própria Lua.

O veículo explorador, Yutu-2 (Coelho de Jade-2), foi enviado à Cratera de Von Karman na Bacia Aitken do Polo Sul, no lado oculto da Lua, em 3 de janeiro na missão da sonda Chang'e-4.

Até o momento, o explorador já percorreu aproximadamente 127 metros na Lua e está em sua "pausa do meio-dia" já que a temperatura na Lua fica extremamente alta nesse período. O Yutu-2 está programado a reiniciar suas atividades em 10 de março e voltar ao seu modo de repouso em 13 de março, de acordo com o Centro do Programa de Exploração Lunar e Espacial da Administração Nacional Aeroespacial da China (ANAC).

Segundo cientistas, o explorador conduziu a detecção científica sobre suas trilhas e as rochas nos arredores. A maior pedra detectada cerca de 20 centímetro de diâmetro, e o explorador chegou a uma proximidade de 1,2 metro do corpo rochoso.

Especialistas do Centro Nacional de Ciência Espacial (CNCE) sob a Academia Chinesa de Ciências (ACC) disseram que querem descobrir a origem dessas rochas, saber se são nativas da Lua, ou se são meteoritos do espaço. Se elas são da Lua mesmo, qual seria o processo geológico de suas formações?

Ping Jinsong, um pesquisador do Observatório Nacional Astronômico sob a ACC, disse que as rochas na superfície da Lua poderiam ser corpos fragmentados durante o impacto de meteoritos.

Outra possibilidade é que as pedras seriam nativas, e conteriam dados geológicos diferentes da poeira lunar, disse Ping.

Além disso, o estudo sobre as trilhas do explorador pode revelar as informações sobre a história evolucionária da superfície lunar durante bilhões de anos, disse ele.

O explorador reenviou as imagens das rochas no lado oculto da Lua.

Os especialistas do CNCE esclareceram que não é fácil para o explorador captar as imagens, uma vez que não tem a mobilidade de um ser humano. Leva um bom tempo para realizar movimentos, além de ajustar a posição e o ângulo do explorador.

Como resultado do efeito de rotação sincronizada, o ciclo de revolução da Lua é igual ao seu ciclo de rotação, e sempre encara a mesma face da Terra.

O lado oculto da Lua era considerado como um território virgem com características únicas, e os cientistas esperam realizar importantes descobertas.

A exploração do lado oculto pode ajudar a esclarecer a história precoce da Lua, da Terra e do sistema solar.

Os cientistas alegam ser apenas o início da jornada científica do Yutu-2, e esperam realizar muito mais descobertas interessantes.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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