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China divulga artigo sobre grave discriminação de gênero nos EUA

Fonte: Xinhua    27.11.2019 08h37

Participantes assistem à manifestação "Dia Sem Uma Mulher" em Nova York, nos Estados Unidos, em 8 de março de 2017.

Beijing, 26 nov (Xinhua) -- A Sociedade Chinesa de Estudos dos Direitos Humanos publicou na terça-feira um artigo intitulado "A questão duradoura da discriminação de gênero nos Estados Unidos dificulta seriamente a realização dos direitos humanos das mulheres no país".

Os Estados Unidos ainda não ratificaram a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres, que é uma das principais convenções de direitos humanos das Nações Unidas, nem resolveram seu próprio problema cada vez mais sério de discriminação de gênero, apontou o artigo, acrescentando que isso dificultou significativamente a realização dos direitos humanos das mulheres nos Estados Unidos.

"A discriminação de gênero é um grave problema na sociedade norte-americana", disse o artigo, acrescentando que as mulheres dos Estados Unidos sofrem discriminação sistemática, extensiva, sistêmica e de longo prazo, tanto pública quanto secretamente, envolvendo principalmente desigualdade econômica de gênero, graves crimes violentos contra mulheres e a falta de proteção dos direitos de saúde entre as minorias raciais.

"Os Estados Unidos são o país mais economicamente desenvolvido do mundo, mas falharam em proteger efetivamente os direitos econômicos das mulheres dentro do país", afirmou o artigo. "Por exemplo, as mulheres norte-americanas enfrentam sérias discriminações no emprego, remuneração e desenvolvimento de carreira".

Com relação aos crimes violentos contra as mulheres, o artigo disse que uma em cada três mulheres nos Estados Unidos já foi ferida pela violência doméstica. As mulheres nas prisões sofrem violências graves. As soldadas são frequentemente vítimas de assédio sexual e agressão sexual durante o período de serviço militar. Mais de 32% das mulheres nas forças armadas dos Estados Unidos afirmaram que já foram agredidas sexualmente e 80% disseram que foram assediadas sexualmente, disse o artigo, citando pesquisas.

Sobre a falta de proteção dos direitos de saúde entre mulheres de minorias raciais, o artigo disse que as taxas de mortalidade de mulheres de minorias raciais durante o parto ou logo após o parto são mais altas do que as de mulheres brancas nos Estados Unidos.

O artigo também disse que as mulheres dos Estados Unidos enfrentam sérios problemas de assédio sexual e agressão sexual no campus e no local de trabalho.

"O grave problema de discriminação de gênero nos Estados Unidos dificulta severamente a realização dos direitos humanos das mulheres, exacerba a desigualdade social no país e dificulta o desenvolvimento da causa internacional dos direitos humanos", avaliou o artigo.

Uma mulher posa por uma foto ao lado da estátua "garota sem medo" face à estátua de touro de bronze perto da Wall Street, nos Estados Unidos, em 8 de março de 2017. A "garota sem medo" foi colocada ali por uma empresa de investimento para chamar atenção à falta de diversidade de gênero na administração das empresas e ao fato de que elas ganham menos que os homens.

O grave problema de discriminação de gênero nos Estados Unidos decorre de razões profundas e multifacetadas. Isso inclui a tradição histórica de discriminação de gênero, a cultura patriarcal e, particularmente, os defeitos do sistema social dos Estados Unidos, que constituem obstáculos fundamentais à eliminação da discriminação de gênero nos Estados Unidos, analisou o artigo.

O texto também destacou que, há anos, os Estados Unidos vêm praticando "padrões duplos" em questões de direitos humanos, usando os direitos humanos apenas como uma ferramenta para manter a hegemonia mundial, criticar outros países e interferir nos assuntos internos de outros países, enquanto negligenciam seus próprios problemas sérios de direitos humanos.

O que os Estados Unidos fizeram contraria os valores e objetivos dos direitos humanos, afirmou o artigo, acrescentando que os Estados Unidos se tornaram cada vez mais um "perturbador" e um "causador de problemas" no campo de direitos humanos e comprometeram seriamente o desenvolvimento saudável da causa internacional dos direitos humanos.

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