Por Zhou Renjie, Diário do Povo Online
Turbinas eólicas na ilha de Qushan, condado de Daishan, cidade de Zhoushan, província de Zhejiang, no leste da China, em 8 de janeiro de 2022. (Foto: Yao Feng/Diário do Povo Online)
Várias partes da China estão realizando esforços concretos para acelerar a transição abrangente do país para uma economia e sociedade mais verdes.
Recentemente, muitas regiões em todo o país asiático emitiram seus planos para o desenvolvimento verde e de baixo carbono durante as "duas sessões" locais, as reuniões anuais de legisladores e conselheiros políticos em vários níveis.
Beijing promoverá a sinergia do trabalho anti-poluição e redução de carbono e dará passos constantes em direção ao objetivo de neutralidade de carbono; Shanghai planeja desenvolver sua Ilha Chongming numa ilha neutra em carbono, Ilha Changxing numa ilha de baixo carbono, e a Ilha Hengsha numa ilha de zero carbono, e construir ativamente uma zona de demonstração de neutralidade de carbono; A província de Zhejiang, no leste da China, vai implementar uma estratégia abrangente de conservação de recursos para incentivar o uso econômico e intensivo, bem como a reciclagem de recursos e promover um estilo de vida mais simples, mais verde e de baixo carbono.
O ano de 2021 marca o início do período do 14º Plano Quinquenal da China (2021-2025) e um ano de referência para sinergizar a redução da poluição e emissões de carbono e promover a transformação verde global no desenvolvimento econômico e social.
Em 2021, a China estava totalmente comprometida com o desenvolvimento de alta qualidade que prioriza a proteção ambiental e modos de vida e produção verdes e de baixo carbono, e realizou conquistas notáveis na promoção da transformação verde no desenvolvimento econômico e social.
A China alcançou bons progressos na conservação de recursos, com seu consumo de energia por produto interno bruto (PIB) caindo anualmente 2,7%.
O consumo de energia limpa registrou um rápido crescimento no país asiático. As energias renováveis, incluindo gás natural, hidrelétrica, nuclear, eólica e solar, representaram 25,3% do consumo total de energia da China em 2021, um aumento anual de 1%.
A energia gerada por fontes de energia renováveis subiu para 2,48 trilhões de kWh, o que representou 29,8% do consumo total de eletricidade da China no ano passado. Enquanto isso, a produção de produtos verdes cresceu rapidamente em 2021, com a produção do país de veículos de nova energia (NEVs) e células fotovoltaicas aumentando anualmente 145,6% e 42,1%, respectivamente.
O desenvolvimento verde e de baixo carbono também serve como uma oportunidade para promover a transformação e atualização da estrutura econômica da China.
No ano passado, a província de Guangdong do sul da China fez grandes esforços para promover a fabricação verde e a produção limpa, e ganhou ritmo no ajuste de sua estrutura energética. A província colocou recentemente em operação projetos de energia eólica offshore com uma capacidade instalada total de geração de energia de 5,49 milhões de kW, usinas de energia solar com uma capacidade instalada combinada de 2,25 milhões de kW, e usinas hidrelétricas de armazenamento bombeado com uma capacidade total de 700.000 kW, sugeriu um relatório sobre o trabalho do governo popular da província de Guangdong.
Para fornecer gás natural e energia de hidrogênio para a realização de uma Olimpíada Verde de Inverno em Beijing, a gigante estatal de oleodutos China Oil & Gás Piping Network Corporation (PipeChina) colocou em operação quatro novos oleodutos no final do ano passado, e outras empresas, incluindo a China National Petroleum Corporation (CNPC) e a China Petrochemical Corporation (Sinopec) construíram e colocaram em uso mais de 30 estações de abastecimento de hidrogênio.
Essas conquistas refletem o quanto a China valorizou a energia limpa nos preparativos para os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing. O grande evento esportivo em Beijing alcançou 100% de fornecimento de energia verde para todos os locais pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos e espera-se consumir um total de cerca de 400 milhões de kWh de eletricidade verde, o que pode reduzir o consumo padrão de carvão em 128.000 toneladas e emissões de dióxido de carbono em 320.000 toneladas.
Acredita-se que somente aproveitando as oportunidades trazidas pelo desenvolvimento verde e de baixo carbono a China poderá acelerar a formação de estruturas industriais, modos de produção, formas de trabalho e vida e configurações espaciais que ajudam a conservar recursos e proteger o meio ambiente.
O desenvolvimento verde é a base de uma vida melhor e a expectativa das pessoas. No entanto, a China está enfrentando tarefas de longo prazo e árduas na promoção da proteção ecológica e ambiental de alto padrão e desenvolvimento econômico de alta qualidade. Estas tarefas, que vão desde a aceleração da renovação ecológica de edifícios urbanos antigos para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões de carbono até à adoção de energia fotovoltaica integrada em edifícios (BIPV, na sigla em inglês), promoção de serviços de gestão ambiental e facilitação do desenvolvimento de indústrias ecológicas, torna-se imperativo que o país adote uma abordagem holística enquanto aborda pequenos problemas na transformação de seu modo de desenvolvimento e estilo de vida das pessoas.
De modo amplo e extenso e simultaneamente delicado e minucioso, a China está alavancando seus pontos fortes na coordenação do trabalho de várias partes e forjando sinergia para alcançar o objetivo de desenvolvimento verde e de baixo carbono.
A China visa realizar a transição completa para uma economia e sociedade mais verdes e continuar a manter seu desenvolvimento econômico estável e saudável na nova etapa de desenvolvimento.