As autoridades sérvias e chinesas assinalaram o 23º aniversário de três jornalistas chineses mortos durante o bombardeio da Otan à embaixada chinesa em Belgrado, durante sua campanha de 1999 contra a então Iugoslávia.
As placas memoriais colocadas defronte da embaixada bombardeada, que hoje se tornou um centro cultural moderno, foram decoradas no sábado.
Nino Brajovic, secretário-geral da Associação de Jornalistas da Sérvia (UNS), disse à Xinhua no domingo que a Sérvia e a China começaram a comemorar conjuntamente o bombardeio da Otan à embaixada chinesa há uma década.
"Acho que este assassinato de jornalistas chineses não foi devidamente sancionado pelas organizações jornalísticas internacionais e que isso reflete seus padrões duplos", disse.
Shao Yunhuan, da Agência de Notícias Xinhua da China, e Xu Xinghu e sua esposa Zhu Ying, do jornal Guangming Daily, foram mortos e dezenas ficaram feridos no bombardeio da Otan em 7 de maio de 1999.
Entre os funcionários presentes na cerimônia de sábado estiveram o ministro do Interior sérvio Aleksandar Vulin, o ministro do Trabalho, Emprego, Veteranos e Assuntos Sociais Darija Kisic Tepavcevic, e Tian Yishu, encarregado de negócios da embaixada chinesa na Sérvia.
Andreja Mladenovic, vice-prefeita de Belgrado, disse que o povo chinês, juntamente com os sérvios, se tornou vítima da agressão da Otan, que é uma base sólida de sua amizade duradoura.
"Viemos aqui para mostrar nosso sincero respeito aos nossos irmãos chineses, que foram mortos no bombardeio dos agressores. É muito difícil para nós lidar com as perdas causadas pelos agressores - Estados Unidos e Otan", afirmou Svetozar Parezanin, coronel aposentado, em declarações à Xinhua no sábado.
"Nós nos lembramos bem daquele dia e nunca o esqueceremos. Viemos aqui todos os anos", disse Parezanin.
