O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou nesta quarta-feira que os países da ASEAN Mais Três (APT, sigla em inglês) e de fato todos os países da Ásia, compartilham muitas coisas em comum.
Eles compartilham um lar, interesses e oportunidades comuns, destacou Li na 26ª Cúpula da APT.
Nos últimos 20 anos, o mecanismo ASEAN Mais Três resistiu ao teste de inúmeras crises e desafios e desempenhou um papel importante na promoção do desenvolvimento e da prosperidade regional, disse Li.
Quanto mais difícil for, mais os países regionais precisam permanecer juntos, demonstrar solidariedade e se coordenar uns com os outros, observou Li.
Devemos agir de acordo com os interesses gerais da paz e do desenvolvimento na Ásia, buscar pontos em comum e, ao mesmo tempo, deixar de lado as diferenças, consolidar continuamente a base de cooperação do mecanismo APT, responder conjuntamente a vários riscos e desafios, dar as mãos para promover o desenvolvimento, a prosperidade e a estabilidade regionais, e nos esforçar para construir uma comunidade asiática com um futuro compartilhado, ressaltou Li.
Como o mundo está entrando em um novo período de turbulência e mudança, a causa do desenvolvimento global enfrenta grandes desafios, salientou Li, pedindo aos países da região que coloquem o desenvolvimento em um lugar de destaque na agenda de cooperação regional.
Ele também pediu a remoção de todos os tipos de distúrbios, o aproveitamento do potencial de cooperação e o esforço para encontrar um caminho de desenvolvimento que seja mais estável, dinâmico e benéfico para todos.
Apelando a uma maior cooperação em inovação entre as partes para promover mais novos pontos de crescimento econômico, Li acentuou que, aproveitando a implementação do mais recente Plano de Trabalho de Cooperação da APT como uma oportunidade, a China está pronta para trabalhar com todas as partes para construir conjuntamente um centro de crescimento econômico e concentrar-se em três prioridades.
A primeira delas, segundo Li, é continuar a promover a integração econômica regional, liberar os dividendos da Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP), promover vigorosamente o livre fluxo de fatores de produção e promover a expansão e atualização do comércio e do investimento.
Espera-se que todas as partes apoiem a adesão de Hong Kong ao acordo como o primeiro lote de novos membros, acrescentou Li.
"Em segundo lugar, devemos continuar a aprofundar a divisão e a coordenação industrial regional, defender o espírito de abertura e a cooperação mutuamente benéfica, continuar a alavancar a proximidade geográfica, a complementaridade econômica e outras vantagens, e promover a otimização e o aprimoramento das cadeias industriais e de suprimentos regionais de maneira estável", explicou Li.
Observando que a terceira coisa é fortalecer o papel de liderança da inovação científica e tecnológica, Li garantiu que a China está pronta para aprofundar a cooperação em inovação com outras partes em economia digital, energia limpa e veículos de nova energia para promover conjuntamente o desenvolvimento de indústrias emergentes e promover mais novos pontos de crescimento econômico.
Li também esclareceu a posição da China sobre a questão da descarga de água contaminada por material nuclear da usina japonesa de Fukushima e pediu ao Japão que lide com o assunto com responsabilidade.
O descarte de água contaminada por energia nuclear diz respeito ao ambiente ecológico marinho global e à saúde das pessoas, alertou Li.
Ele pediu ao Japão que cumpra fielmente suas obrigações internacionais, consulte plenamente seus vizinhos e partes interessadas relacionadas e trate a água contaminada por material nuclear de maneira responsável.