Imóveis portugueses serão vendidos em leilão online no Taobao

BEIJING, 21 de julho (Diário do Povo Online) - Mais de 1.000 vilas e apartamentos em Portugal serão vendidos em leilão online no Taobao, um ‘site’ que pertence ao gigante chinês do comércio eletrônico, o Grupo Alibaba.

Este ano, a China pretende se tornar no maior mercado de leilão online do mundo. Prevê-se que Paimai, o site de leilão gerido pelo Taobao, lance esta quarta-feira (22) um site de leilão online para vender 1.500 vilas e apartamentos de alta qualidade no sudeste de Portugal, a fim de satisfazer a crescente demanda de chineses ricos em investir no mercado imobiliário no exterior.

As vilas e apartamentos, com um valor total de 1,6 bilhões de yuans (USD 257,6 milhões), localizam-se no Algarve, um dos melhores resorts de golfe em Portugal. As propriedades individuais que serão leiloadas online têm preços que variam entre 900 mil euros (USD 975.510) e 1,5 milhões de euros cada uma, com tamanhos que oscilam entre 231 e 363 metros quadrados.

O leilão online dos imóveis portugueses marca o último desenvolvimento do site Paimai na globalização. O gerente do Paimai, Lu Weixing, disse que com o rápido crescimento do mercado de leilão online na China, o site espera trazer produtos estrangeiros de alta qualidade aos consumidores chineses.

“As propriedades no exterior são um setor que atrairá interesse dos licitantes online”, afirmou ele.

Lu exprimiu que este tipo de leilão ainda é um setor emergente na China, mas o país asiático está avançando rapidamente para substituir os Estados Unidos e se tornar no maior mercado desta área no mundo.

“O valor total das transações do setor de leilões online da China foi menos de 100 milhões de yuans em 2012. Esperamos que, este ano, supere 100 bilhões de yuans”, acrescentou ele.

De acordo com a mesma fonte, desde dezembro de 2014 que Paimai realiza leilões online de propriedades em mais de 10 países do mundo para licitantes chineses. Cerca de 60% dos imóveis estrangeiros, incluindo das ilhas Fiji e castelos na Itália e França, têm sido vendidos através de leilões online.

No entanto, ele disse ser ainda muito cedo para saber se as propriedades portuguesas serão bem aceites pelos compradores chineses devido aos seus gostos diversificados.

Porém, o pessoal interno dos setores de imigração está mais otimista porque investir em propriedades nos países europeus, tais como Portugal, normalmente ‘e acompanhado pela obtenção da cidadania.

Kevin Yu, vice-presidente da Beijing Kaisheng Union Exit-Entry Affairs Services Co Ltd, uma empresa que oferece serviços de consultoria de imigração, afirmou que cerca de 50% dos chineses que se interessam pela emigração preferem países europeus.

“É relativamente mais fácil ganhar cidadania nos países europeus. Você só precisa de investir uma certa quantia de dinheiro em propriedades”, acrescentou Yu.

Com o programa do “visto de ouro” de Portugal, a cidadania pode ser concedida por via de investimentos imobiliários de cerca de 500 mil euros. Para as propriedades que têm uma história de mais de 30 anos, o investimento pode ser de 300 mil euros para se obter cidadania.

Segundo a embaixada portuguesa na China, desde outubro de 2012 a junho de 2015, foram oferecidas 2.420 autorizações de residência, no âmbito do programa de “visto de ouro’, entre as quais 1.947 foram para investidores chineses.