
Beijing, 22 de julho (Diário do Povo Online) - O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB - sigla inglesa), lançado terça-feira pelos Brics, o bloco de países emergentes, recebeu fortes elogios da comunidade internacional, particularmente quanto ao seu papel no estabelecimento de um sistema de governação global mais justo.
O banco, baseado em Shangai e que se destina a financiar projetos de infraestruturas, iniciará as suas operações no final deste ano ou início de 2016, segundo o acordo alcançado há um ano, durante a sexta cúpula da organização realizada no Brasil, pelos países integrantes dos Brics, nomeadamente o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
"Sem nenhum corte de fita, a cerimônia de inauguração do NDB durou não mais do que 30 minutos”, segundo informações avançadas quarta-feira pela versão eletrônica do jornal cingapuriano “Lianhe Zaobao”, citada pela Xinhua, a agência noticiosa chinesa. A fonte considerou a cerimônia, que teve lugar terça-feira (21) em Shanghai, de ‘discreta’.
"O estabelecimento do Banco ajudará a resolver o problema da falta de financiamentos e investimentos em infraestruturas nos mercados emergentes e países em desenvolvimento, e vai estimular o desenvolvimento sustentável e a recuperação da economia global”, disse o Ministro chinês das Finanças, Lou Jiwei, citado pela mesma fonte.
Informações difundidas terça-feira, pela BBC, indicam que o NDB vai emprestar dinheiro aos países em desenvolvimento para ajudá-los a desenvolver infraestrutura, observando que "o grupo diz não ser rival" do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O nosso objetivo não é desafiar o sistema existente, mas sim melhorar e complementar o sistema a nossa própria maneira," disse, por seu turno, o presidente do NDB, Kundapur Vaman Kamath.
O NDB tem um capital inicial autorizado de 100 bilhões de dólares norte-americanos. O capital inicial subscrito é de 50 bilhões de dólares igualmente compartilhado pelos membros fundadores.
De acordo com Jim O'Neill, um economista britânico que inventou o termo "Bric", a influência dos Brics é susceptível de evoluir como um grupo em termos de governação global.
"Temos de esperar para ver o que o banco vai priorizar em termos de empréstimos e projetos," disse ele. "Mas se pode pensar em muitas boas ideias, incluindo redes de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, especialmente aquelas compartilhadas entre países.
Reinaldo Gonçalves, professor de economia internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse a ‘Sputnik Brasil’, que o NDB e o “Arranjo Contingente de Reserva (CRA, na sigla inglesa) ” são "uma alternativa interessante" ao FMI.
No passado mês de junho, os Brics também concordaram em estabelecer o CRA.
A China irá contribuir com 41 bilhões de dólares para o estoque de capital; enquanto a Índia, o Brasil e a Rússia contribuirão com 18 bilhões de dólares cada; e a África do Sul disponibilizará 5 bilhões de dólares.
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