SHANGHAI, 27 de julho (Diário do Povo online) – O ministro chinês da Segurança Pública, Guo Shengkun, afirmou, sábado último, em Shanghai, que o governo chinês elogia o papel desempenhado pelas organizações não-governamentais (ONGs) e apoia os intercâmbios entre elas e os órgãos de soberania chineses.
Ele disse esperar que as ONGs estrangeiras continuem a prestar atenção ao desenvolvimento da China e a respeitar as leis locais.
Guo fez estas afirmações durante um seminário sobre o desenvolvimento das ONGs nesta nação asiática. O simpósio contou com a participação de representantes de ONGs oriundos dos EUA, Reino Unido e Alemanha, e diplomatas destes países em Shanghai.
Segundo Guo, as ONGs estrangeiras desempenham um papel positivo na promoção de intercâmbios amistosos entre a China e o resto do mundo, além de impulsionar o crescimento econômico e social do país.
“Os funcionários das ONGs estrangeiras trouxeram conceitos multipolares e experiências favoráveis, além de mostrarem habilidades qualificadas”, disse Guo.
Cerca de mil ONGs operam na China. O número pode atingir 6 mil se forem adicionadas as organizações que realizam as suas atividades de cooperação a curto prazo.
Estas ONGs realizam atividades nas áreas de combate à pobreza, auxilio às pessoas com deficiência física, proteção do meio-ambiente, saúde pública, educação, entre outras.
Guo Shengkun pediu às ONGs para continuarem a prestar atenção ao desenvolvimento chinês e a obedecer às leis vigentes no país, para além de efetuar as suas atividades conforme os seus estatutos e regulamentos, para que a cooperação seja mais pragmática.
No seminário, os diplomatas norte-americanos, britânicos e alemães, em Shanghai, manifestaram preocupação em relação a Lei de Gestão das ONGs Estrangeiras, ainda em elaboração, considerando que a mesma poderá limitar as atividades deste tipo de organizações na China.
Em resposta, o vice-diretor da Comissão Jurídica da Assembleia Popular Nacional (APN) da China, Xu Xianming, disse que a política chinesa de reforma e abertura não vai mudar devido à elaboração da lei em questão e que o país possui um Estado de direito. “A elaboração desta lei é um passo importante para a realização de tal objetivo”, disse o vice-diretor.
O ministro Guo apontou ainda que a lei está a ser elaborada com o fim de orientar e regular as atividades das ONGs na China, além de proteger seus legítimos interesses no país.