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Negociação é a chave para a solução da questão cibernético entre China e EUA

Fonte: Diário do Povo Online    04.08.2015 14h59

BEIJING, 4 de ago (Diário do Povo Online) - A melhor maneira de resolver os problemas de segurança cibernética entre a China e os Estados Unidos (EUA) é através da comunicação e negociação, no lugar de as partes se envolverem em guerra de palavras e ameaças, disseram segunda-feira (3) especialistas chineses de internet.

O jornal ‘New York Times’ noticiou fim-de-semana que o governo dos EUA já tem a disposição vários planos para retaliar, contra os suspeitos do roubo de informações de índole pessoal de cerca de 20 milhões de cidadãos norte-americanos, através da danificação da protecção das redes atacantes.

Embora a parte norte-americana não tenha especificado de que país são os atacantes, funcionários envolvidos na investigação, incluindo James Clapper, diretor nacional de inteligência dos EUA, disseram que o maior suspeito é a China, de acordo com o ‘New York Times’.

A reportagem rapidamente despertou um debate entre os dois países e atraiu a atenção de especialistas do setor de segurança online.

Shen Yi, vice-diretor do centro de pesquisas de governação em Internet na Universidade de Fudan, disse que acusações sem nenhuma razão ou mesmo batalhas online não vão resolver o problema. O plano relatado para danificar a proteção dos atacantes significa que os EUA têm planos para destruir a infraestrutura da rede chinesa, “o que é perigoso e sério."

“Os dois países devem primeiro descobrir se o ataque foi da China, e, em seguida, sentarem-se `a mesa em conjunto para uma comunicação em vez de procurar-se argumentos", disse Shen.

Adivinhar quem é o responsável irá agravar o problema de segurança entre os dois lados e pode levar os EUA a conclusões erradas, indicou Shen.

Zuo Xiaodong, vice-presidente do Instituto de Pesquisa da Segurança Informática da China, disse que as acusações, sem nenhuma prova, feitas pelos EUA são irresponsáveis.

"Os Estados Unidos ignoraram os canais de comunicação criados pelos dois lados para resolver problemas de segurança, o que tornará os casos futuros de segurança mais graves. Isto poderá levar os dois lados a uma guerra fria no setor de ciberespaço", disse Zuo.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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