Regras de investimento imobiliário relaxadas para estrangeiros

Indivíduo examina os modelos de propriedade num centro de venda de casas em Hangzhou, capital da província de Zhejiang.

O limite de compra por parte de coletivos ou indivíduos estrangeiros foi removido

PEQUIM,28 de agosto (Diário do Povo Online) – A China reduziu as restrições para o investimento em propriedades a firmas ou indivíduos estrangeiros por todo o país, permitindo a que estes, desde que devidamente qualificados para o fazer, tenham a liberdade de comprar mais propriedades no continente chinês, anunciaram as autoridades na quinta-feira ao final do dia.

O anúncio, publicado no website do Ministério do Comércio, disse que investidores institucionais estrangeiros estão isentos dos custos de registo quando transacionarem empréstimos quer a nível doméstico ou internacional para a compra de propriedades no país.

As empresas e indivíduos estrangeiros podem agora adquirir um número ilimitado de propriedades, estando contudo limitados a um número restrito de compra a nível local. Como por exemplo em Xangai, onde aqueles que não têm um registo de habitação, apenas podem comprar uma propriedade.

Anteriormente, os residentes estrangeiros não estavam autorizados a comprar mais do que uma propriedade na China, tendo inclusive ter que trabalhar durante pelo menos um ano em território chinês.

Os analistas disseram na quinta-feira que a medida significava um ajuste às atuais condições de mercado, dado que os preços dos imóveis estão a estabilizar e o mercado já está maduro o suficiente para ficar exposto ao capital além-fronteiras.

“Antes, quando o capital estrangeiro chegou ao mercado de propriedade chinês, os preços das casas dispararam para um nível que os cidadãos nacionais não podiam suportar. A subida do nível dos salários não podia acompanhar a velocidade da subida dos preços dos imóveis,” disse Tao Wei, um agente de propriedade da Shanghai Tianyou Property.

Em 2009, quando um projeto de propriedades de luxo foi lançado em Xangai, houve uma grande afluência de investidores estrangeiros, de acordo com um relatório da Xinhua, sendo que uma família extensa comprou 48 unidades de uma só vez.

Os limites anteriormente designados para compra foram feitos sob este tipo de casos, e eles acabaram porque a atual situação do mercado assim o permite, disse Tao.

Para os investidores estrangeiros que trabalham na China e querem ter uma casa, a alteração da lei é uma boa novidade que facilitará a sua compra. Simultaneamente, não afetará os preços das casas a nível nacional, pois o aumento da procura será marginal comparado com os enormes inventários por toda a nação, afirmaram os analistas de mercado.

Propriedades em Pequim e Xangai são muito procuradas por investidores estrangeiros. Com a existência de limites de compra nestas cidades-xave, a especulação não será um problema, disse James Macdonald, diretor de pesquisa da Savills East China.

Em cidades de nível II e de dimensão mais reduzida, sem limites de compra, os investidores estrangeiros poderão sentir-se tentados para comprar propriedades para responder à procura de habitação, mas seria invulgar comprarem mais do que a quantidade necessária para os seus propósitos, por exemplo para valorização dos imóveis ou arrendamento, dado que os yields nestas cidades são inferiores às cidades importantes, de acordo com Zhang Hongwei, chefe analista da Tospur Real Estate Consultancy.