Realização da parada militar é para lembrar a história, diz especialista brasileiro

A parada militar em comemoração do 70º aniversário da vitória da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa pelo Povo Chinês e da Guerra Antifascista mundial, marcada para o dia 3 de setembro, atraiu a atenção da imprensa mundial. O especialista em política formado pela Universidade de São Paulo e também escritor do Portal Vermelho, José Medeiros da Silva, disse recentemente em entrevista à Rádio Internacional da China que a realização da parada militar transmite um sinal claro ao mundo: lembrar a história e apelar a apreciação à paz. Para ele, esse é um ato que significa grande educação nacional.

"A China quer transmitir um sinal claro para que as próximas gerações e os povos lembrem a história e apreciem a paz. Porque mesmo com 70 anos já passados, o problema ainda não está resolvido. O governo japonês ainda não se manifestou de forma clara, e não pediu perdão aos povos e à China pelo que cometeu. Como por exemplo o massacre de Nanjing, os testes humanos no nordeste da China, os laboratórios para produzir novas armas e a destruição. Na minha opinião, essa parada é muito mais para resgatar esta memória que não deve ser esquecida".

Ele indicou ainda que a China teve um grande papel na vitória da guerra antifascista mundial e que merece um pleno reconhecimento do mundo.

"Acho que o papel da China na vitória da Segunda Guerra Mundial foi decisivo. A China foi uma força mais importante na guerra contra os países do Eixo, ou seja, a Alemanha, a Itália e o Japão. Foi justamente a resistência do povo chinês que enfraqueceu as invasões japonesas, e quebrou a colaboração militar desses países do Eixo, contribuindo assim para a grande vitória nesse trágico episódio da humanidade."