PEQUIM, 22 de setembro (Diário do Povo Online) – Por ocasião da visita do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos, o co-presidente do Conselho de Administração da Instituição Brookings, John Thornton, disse que a cooperação entre a China e os EUA tem um espaço enorme de crescimento e perspectivas amplas, e que se os dois países trabalharem juntos o mundo será melhor.
Em uma entrevista concedida em Pequim à imprensa chinesa, Thornton disse que a primeira visita de Estado de Xi Jinping aos Estados Unidos é um grande acontecimento para os intercâmbios bilaterais e trará impactos para o mundo. Ele disse ainda que "esta visita vai enriquecer o sentido das relações sino-americanas, aprofundar a cooperação estratégica, econômica, comercial, cultural, educacional e em outras áreas".
Thornton, com 61 anos de idade, foi presidente da Goldman Sachs Group e conhece bem os assuntos relacionados a Ásia-Pacífico e a China. Ele disse que ao longo dos últimos 30 anos, a maior mudança que ocorreu no mundo foi a ascensão da China. E a China em ascensão, por sua vez, vai continuar a influenciar a estrutura política e econômica do mundo.
Em sua opinião, a China vai impulsionar inabalavelmente a reforma e abertura, dar mais atenção à qualidade e eficiência do crescimento econômico e, ao mesmo tempo, estreitar o contato com o restante do mundo. Thornton disse que "estas três tendências constituem uma pedra angular para a cooperação entre os dois paises".
Thornton acredita que a China e os EUA têm um enorme espaço de cooperação na luta contra as alterações climáticas, no combate ao terrorismo, na prevenção e controle das doenças infecciosas e em muitas outras áreas, acrescentando que "se as duas potências influentes do mundo trabalharem juntas, a possibilidade de lidar com os desafios globais da humanidade será muito maior".
Além dos assuntos internacionais, o foco da cooperação sino-americana ainda se concentra nas áreas de comércio e investimento. O ex-secretário do Tesouro americano, Lawrence Summers, disse que no século XXI, China e EUA tem destinos comuns. Ele não consegue imaginar o sucesso de um pautado no fracasso do outro.
Thornton aprecia o ponto de vista de Summers, considerando que as relações econômicas e comerciais sino-americanas são como dez dedos firmemente entrelaçados. A interdependência é cada dia maior.
Nos Estados Unidos, Xi Jinping vai ter um contato profundo com os líderes políticos, a elite do país e a sociedade em geral. Thornton prevê que durante a visita, os dois lados podem chegar a um consenso em uma série de áreas. Segundo ele, a cooperação em grande escala entre as empresas também pode ser esperada.