PEQUIM, 23 de setembro (Diário do Povo Online) - Estima-se que até 2020, o investimento chinês nos EUA chegue a US$200 bilhões, criando quatro milhões de novos empregos nos Estados Unidos. Também se espera que os dois países se tornem, em 2022, os maiores parceiros comerciais um do outro. Portanto, especialistas dizem que as economias da China e dos EUA têm grande volume e forte complementaridade e que possuem amplos interesses comuns e grande espaço para cooperação.
A visita do presidente chinês, Xi Jinping, não é apenas para expressar a confiança chinesa para o mundo, mas também dar um novo impulso à economia global por meio de cooperações práticas nas áreas de ferrovias de alta velocidade, aviões, energia, proteção ambiental, finanças etc.
A visita acontece num momento em que a atenção mundial está focada no desempenho das economias da China e dos EUA, e as relações econômicas e comerciais entre os dois países estão cada dia mais estreitas. Segundo informações, o investimento da China nos Estados Unidos atingiu níveis recordes, e está espalhado em praticamente todos os 50 estados, abrangendo alimentos, imobiliário, cinema e televisão, energia e muitas outras áreas. As estatísticas do Departamento de Comércio americano mostraram também que o investimento chinês nos EUA atingiu, em 2014, US$9,5 bilhões, muito mais do que os US$385 milhões de 2002, e um aumento significativo em relação aos US$3,3 bilhões de 2010.
O comentarista político e econômico americano, Robert Kuhn, considera que o jogo entre os Estados Unidos já não é mais segredo, mas que as duas maiores economias do mundo têm de cooperar pelos interesses comuns. Segundo Kuhn, o mais importante é cooperar pela estabilidade e crescimento econômicos. Em sua opinião, as duas economias estão tão estreitamente ligadas que não é possível que uma seja próspera e a outra não. Ou os dois países prosperam ou todos fracassam.
"A China e os Estados Unidos já são a força motriz do desenvolvimento econômico global. O volume da economia americana já é de US$17 trilhões, sendo ele a “locomotiva” tradicional; enquanto a China manteve sua taxa de crescimento em cerca de 7% ao não, numa base de volume econômico de US$10 trilhões;e tem uma contribuição para a taxa de crescimento da economia mundial de 30%. Portanto, os dois países são responsáveis pelos objetivos de recuperação e desenvolvimento sustentável da econômica global", disse o chefe do Departamento de Pesquisa Econômica do Centro Internacional de Intercâmbio Econômico da China, Xu Hongcai. Ele acrescentou ainda que, nos últimos anos, a China tem se aberto mais, promovido ativamente a modernização do mecanismo de governança nacional, aplicado ativamente o conceito de desenvolvimento pacífico e de cooperação de ganho mútuo, ajudando assim a evitar conflitos desnecessários. Isto rompe com a lógica da "armadilha Tucídides."
Nesta visita, a mesa-redonda entre as empresas dos dois países, a ser realizada no dia 23, é particularmente interessante. Conforme se sabe, as empresas chinesas que acompanham a visita do presidente Xi Jinping não apenas incluem o Banco da China, o grupo COSCO e outras gigantes estatais, mas também o Alibaba, Tencent e outras importantes empresas privadas no setor ligado à Internet. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos também possuem uma lista relevante composta pela Microsoft, Apple, Boeing, General Motors, Berkshire e outras empresas.
Muitos especialistas apontam que a cooperação econômica e comercial têm sido a base das relações sino-americanas, se prevê que durante a visita podem ser aumentados o intercâmbio comercial entre os dois países nas áreas da fabricação de equipamentos sofisticados, inovação tecnológica, construção de infraestruturas, "Internet +" e em outros campos.