
A ‘Himalaya FM’ apresenta os seus produtos na Feira de Livros de Xangai, a 20 de agosto de 2015.
PEQUIM, 25 de setembro (Diário do Povo Online) - áudiolivros, ou livros falados, inexistentes na China até à década de 90, ganharam cerca de 130 milhões de “leitores” em menos de 20 anos. O valor de receitas deste mercado estima superar os dois mil milhões em breve, de acordo com o relatório Nilson 2014 para o mercado chinês de livros.
Devido à conveniência e adaptabilidade, o audiolivro tem entrado na vida dos chineses, reformulando seus estilos de vida de uma forma (e escala) que é difícil de ignorar.
“Costumava ler livros eletrónicos no meu caminho para o trabalho, mas agora mudei para audiolivros”, afirmou Xiao Sun, um trabalhador de escritório de Pequim que gasta cerca de meia hora para comutar entre casa e o trabalho todos os dias. Sun disse que ouvir os livros não prejudica a vista.

Lychee FM
Uma outra fã de áudiolivros e usuária da aplicação móvel “Himalya FM”, com o nickname Xiexiaotu, exprimiu que ouve audiolivros quando está a fazer trabalhos domésticos, escovar os dentes ou lavar o rosto. “Os audiolivros encaixam-se perfeitamente no meu tempo livre”, argumentou.
Na verdade, os audiolivros não são somente populares entre pessoas que estão à procura de uma alternativa de recreação, mas também servem como enriquecimento para as pessoas que não têm acesso a livros regulares. De acordo com a reportagem do jornal ‘Southern Weekly’, cerca de 700 livros são publicados por dia na China, porém para as 1,3 milhões de pessoas com deficiência visual, o número é quase zero.
Uma outra fonte de grande demanda dos audiolivros são agricultores e trabalhadores migrantes. “Os audiolivros têm um mercado enorme para um país que tem uma grande população rural, como é o caso da China, pois a popularização dos smartphones permite aos agricultores e trabalhadores migrantes ‘ler’”, afirmou Liu Yancai, editor-chefe da editora Fangzheng da China.

Dragonfly FM
Atualmente, os audiolivros da China são principalmente fornecidos através de aplicações móveis tais como a ‘Himalaya FM’, ‘Dragonfly FM’ e ‘Lychee FM’. No entanto, ao contrário dos Estados Unidos, onde os livros são lidos por autores e vendidos nas livrarias online como a ‘amazon.com’, os audiolivros na China ainda não são produzidos de forma profissional, sendo que a maioria dos livros neste formato são de literatura online e fornecidos gratuitamente.
A legislação é um dos fatores que dificulta a produção de audiolivros na China. Para tornar um livro convencional em audiolivro, é necessária a autorização do autor para adaptar, gravar e divulgar a sua obra, segundo uma reportagem publicada no ‘Shandong Business Daily’.
Embora com vários problemas, hoje em dia, as grandes e pequenas companhias de Internet parecem dispostas a abraçar esta tendência. As empresas empreendedoras, em particular, estão a correr contra o tempo para desenvolver plataformas e aplicações móveis para obter a sua quota de mercado.
“Com mais chineses a aderir a esta moda, o mercado chinês de audiolivros tem se tornado num filão de ouro a ser explorado”, disse o porta-voz da ‘Himalaya FM’. “Esperamos que a futura quota de mercado chegue aos 300 biliões”, acrescentou ele.
De acordo com ‘China Economic Net’, a ‘Himalaya FM’ tem obtido a autorização para a adaptação da maioria da literatura online, e a sua quota de direitos autorais atingiu os 70%.
Banquete de estado para Xi Jinping será caracterizado por uma fusão de culinária americana com sabores chineses
Primeira ponte de vidro na China abre ao público
Pequim terá um novo aeroporto em forma de ‘estrela-do-mar’ em 2019
10 regiões turísticas chinesas com lindas paisagens de outono
Cozinheiro chinês produz caligrafia com igredientes de culinária e utensílios de cozinha
Habitantes do noroeste da China preparam bolos da lua tradicionais para o Festival do Meio do Outono