Por Zhang Jian
O intercâmbio entre a China e a Europa tem vindo a registar um “boom” nos últimos dias. Depois da visita de Xi Jinping ao Reino Unido, o rei da Holanda, Willem-Alexander, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, visitaram ou preparam-se para visitar o país asiático. Em novembro, a quarta cimeira entre a China e os países do leste europeu será realizada em Pequim. Neste sentido, pode dizer-se que a diplomacia chinesa está a entrar na “era da Europa”.

A aproximação entre a China e a Europa é o culminar natural do recente grande fluxo de contactos entre as duas economias e civilizações. Com o aumento da incerteza e dos riscos de segurança, a China e a Europa têm a responsabilidade de promover, em conjunto, possíveis soluções para as diversas questões globais.
A União Europeia tem sido o maior parceiro comercial da China por 11 anos consecutivos. Em 2014 o valor do comércio bilateral entre os dois blocos superou os US$ 600 biliões, por seu turno, o investimento chinês na Europa também registou um aumento dramático, com US$ 50 biliões empreendidos. Em 2014, o investimento chinês na Europa superou pela primeira vez o europeu na China.
No decorrer dos séculos, a China e a Europa têm vindo a preservar a comunicação e a aprender um com o outro. Com a iniciativa chinesa “Um Cinturão e Uma Rota”, as duas civilizações têm vindo a estreitar cada vez mais o seu relacionamento.
Paz, desenvolvimento e cooperação já se tornaram uma tendência irreversível. O desenvolvimento rápido e pacífico obtido comprova a logística científica por detrás da “rota chinesa “. Apesar de diversas dificuldades e desafios, a China não irá alterar os pressupostos da sua estratégia de ascensão pacífica. Os europeus começaram a aceitar as oportunidades promovidas pelo crescimento chinês, em vez de as encararem com desconfiança.
Atualmente, a União Europeia enfrenta enormes desafios. Com uma recuperação económica lenta, desafios para a moeda única, crise na Ucrânia, migração massiva de refugiados, entre outros problemas, a Europa necessita de um reajuste social e de fontes de cooperação com o exterior.
A China, na qualidade de potência em crescimento, pode tornar-se um parceiro-chave da Europa, tanto ao nível do desenvolvimento socioeconómico, como no combate às mudanças climáticas. Para o país asiático, a UE é o maior destino de exportação e a maior fonte de importação de tecnologia, continuando a ser um parceiro sólido para a China, que se encontra já numa fase de metamorfose do seu sistema económico.
Naturalmente, a entrada na “era da Europa” demonstra o amadurecimento das relações sino-europeias. O intercâmbio de alto nível é um elo importante para dissolver as discórdias e promover o entendimento mútuo. A cooperação sino-europeia vai de encontro aos interesses bilaterais e à paz e estabilidade mundial. Se o entendimento de ambas as partes for trabalhado, será mais fácil controlar as disputas de modo satisfatório, e será possível complementar uma “era da Europa” com uma “era da China”.
(O autor é o diretor do Departamento de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Relações Internacionais Modernas)
Edição: Renato Lu
Revisão: Mauro Marques
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