NANCHANG, China, 13 de novembro (Diário do Povo Online) - Milhares de anos antes da poluição que afeta a China ocupar as manchetes dos jornais de todo o mundo, fabricantes chineses de lâmpadas elaboraram um projeto para reduzir a poluição do ar.
Arqueólogos chineses que trabalham na escavação de um cemitério da Dinastia Han Ocidental (206 a.C-24 d.C) na província de Jiangxi, leste da China, desenterraram duas lâmpadas de bronze de 2.000 anos que podem "engolir" a fumaça.
As duas lâmpadas têm a forma de um ganso com um peixe na boca. A luz é ligada no peixe. A fumaça emitida a partir da queima da cera entra no corpo do ganso pelo pescoço e se dissolve na água armazenada em sua barriga, disse à imprensa Xin Lixiang, responsável pela escavação,
A lâmpada "é tanto uma obra de arte como um exemplo antigo de inovação", disse Xin, acrescentando que as lâmpadas podem ser removidas para limpeza e têm um dispositivo para ajustar o brilho.
A dinastia Han foi o apogeu das lâmpadas de bronze da China, mas é provável que estes projetos de absorção de fumaça só poderiam ser comprados por membros da nobreza.
As lâmpadas foram encontradas em setembro no túmulo de Haihunhou (Marquês de Haihun). Localizado perto da capital da província de Nanchang. O cemitério Haihunhou é o mais completo da Dinastia Han Ocidental encontrado na China até hoje, ocupa cerca de 40 mil metros quadrados e contém oito tumbas e local de sepultamento para os cavalos usados para puxar as carruagens imperiais.
Acredita-se que o túmulo principal deva pertencer a Liu He, neto do imperador Wu, cujo reinado começou em um dos períodos mais prósperos da história chinesa. Liu recebeu o título de Haihunhuo depois de ter sido deposto como imperador apenas 27 dias no poder. Haihun é o antigo nome de um pequeno reino no norte de Jiangxi.
As escavações na área começaram em 2011 e continuam em curso. Entre os artefatos descobertos no local até agora estão cerca de 3 mil peças de madeira e bambu e uma grande quantidade de artigos de bronze, ouro e jade.
Edição: Yin Yongjian
Revisão: Rafael Lima