SUZHOU, 25 de novembro (Diário do Povo Online) - A China poderá investir mais de 1 trilhão de dólares no exterior nos próximos cinco anos, disse ontem (24) o premiê chinês Li Keqiang. Ele também afirmou que o país vai provavelmente importar mercadorias com valor de mais de 10 trilhões de dólares durante este período.
Embora o crescimento económico da China tenha abrandado, o volume de crescimento do país está a aumentar anualmente, disse Li, num fórum econômico e comercial entre a China e os países da Europa Central e Oriental, realizado em Suzhou, na Província de Jiangsu. O premiê referiu que, se o crescimento econômico anual permanecer acima dos 6,5% nos próximos cinco anos, a China poderá atingir o objetivo de se tornar num país de rendimento alto em 2020.
Isto vai oferecer mais oportunidades para o mundo, onde se incluem os países da Europa Central e Oriental, disse o premiê.
O volume de comércio entre a China e esses países europeus bateu alguns recordes no ano passado, referiu Li, acrescentando que o comércio chinês com eles terá superado os US$60 bilhões.
O premiê sugeriu o reforço da cooperação entre a China e os países da Europa Central e Oriental ao nível de projetos de conectividade, nos quais a China detém vantagens tecnológicas e de custo.
Durante o encontro entre os líderes, ambos os lados ainda vão impulsionar a rota expressa terrestre e marítima China-Europa, afirmou Li.
O premiê assinalou que a China pode ajudar os países da Europa Central e Oriental em problemas de financiamento para atualizar infraestruturas de transporte, eletricidade, equipamento industrial entre outras áreas.
“Enquanto eles usarem equipamentos e produtos chineses, a China irá providenciar condições de financiamento mais flexíveis,” disse Li.
Yu Nanping, professor de relações internacionais da Faculdade de Estudos Internacionais e Regionais da Universidade Normal do Leste da China, disse que é urgentemente necessário para os países da Europa Central e Oriental atualizarem infraestruturas obsoletas e melhorarem a eficiência de produção, pois estão a experienciar um “reajustamento econômico profundo” após a crise de dívida europeia.
Yu ainda referiu que a iniciativa de “Um Cinturão e Uma Rota” da China pede que os países da Europa Central e Oriental se tornem um “centro logístico” e um “corredor econômico” para estender a estratégia na Europa.
Song Yunzhong, vice-diretor do Instituto de Pesquisa de Energia e Tecnologia da China National Offshore Oil Corp, disse que esta é uma boa chance para entrar no mercado europeu pois assim como a Europa precisa do investimento chinês, a China tem a tecnologia e as vantagens financeiras.
“O investimento é normalmente o precursor na exportação de equipamento e tecnologia, e isto é mutuamente benéfico.”
“Temos reservas de divisas enormes. Por que não usá-las para apoiar as empresas chinesas a globalizarem-se e aperfeiçoar as exportações de equipamento e tecnologia da China,” acrescentou Song.
Edição: Chen Ying
Revisão: Mauro Marques