Num discurso realizado hoje (26), o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, aproveitou para relatar o corrente estado das relações entre o gigante asiático e o continente africano. Com efeito, Wang Yi refere que a natureza do relacionamento entre a China e os vários países do continente partiu de uma base equitativa. Essa base, refere o ministro, mantém-se até à atualidade, estando isenta de quaisquer condições de natureza política, da imposição de objetivos que a própria China não tenha capacidade para levar a cabo, da intromissão na vida política entre parceiros ou de falsas promessas no âmbito dos acordos firmados entre si.
O ministério dos Negócios Estrangeiros organizou hoje a 15ª edição do fórum “Salão Azul”, como preâmbulo da cimeira de cooperação sino-africana que se irá realizar em Joanesburgo, e que será presidida pelo Presidente Xi Jinping.
O objetivo primordial do discurso de Wang Yi é a clarificação dos conteúdos do tema central da cimeira: “China-África, um avanço de mãos dadas: méritos comuns, desenvolvimento comum”.
As palavras-chave da cimeira são: Cooperação e vantagens mútuas. Estas palavras são, de resto, o estandarte da política internacional concebida e apregoada pelo atual governo, liderado pelo presidente Xi Jinping. O próprio presidente afirma que os países africanos são parceiros por excelência no aprofundamento dos pressupostos desta política, sendo que, até ao momento, as relações sino-africanas têm sido pautadas por um sucesso notável aos mais variados níveis.
Wang Yi destaca o facto de as relações serem de benefício bilateral, onde nunca os interesses exclusivos de uma das partes se sobrepuseram ao proveito mútuo.
A China tem dado um contributo sólido aos países africanos na implementação do seu desenvolvimento sustentável, nomeadamente através da eliminação de barreiras cuja resolução é premente, como a falta de infraestruturas modernas e de recursos humanos qualificados.
O ministro finalizou dizendo que o papel da China no seu relacionamento com as nações africanas transvasa o domínio económico, reiterando o apoio “pró-ativo” do país em prol da paz e da estabilidade regional.
Edição: Mauro Marques