PARIS, 30 de novembro (Diário do Povo Online) - “O mundo dá grande atenção à participação do presidente Xi Jinping na Conferência do Clima em Paris e espera ouvir suas novas ideias sobre governança global relacionadas às mudanças climáticas, ” disse Zhang Haibin, diretor do Centro de Estudos sobre Organizações Internacionais da Universidade de Pequim.
“A China pode ser vista como um participante ativo e construtivo, mas não como um líder nas mudanças climáticas, ” frisou Zhang, ressaltando também que a China tem mostrado uma vontade maior de participar na governança global.
A China se comprometeu a desenvolver um sistema de comércio de carbono nacional até 2017 e atingir o pico das suas emissões de carbono por volta de 2030. O país é atualmente o maior mercado de energia renovável do mundo.
De acordo com o estipulado no 13o Plano Quinquenal (2016-2020) para o desenvolvimento socioeconômico, a China estabeleceu o objetivo de promover a produção industrial limpa, as baixas emissões de carbono e a economia de energia para assegurar um crescimento sustentável nos próximos anos.
A China também se comprometeu a desempenhar a sua devida responsabilidade em ajudar os outros países em desenvolvimento.
Em setembro, durante a visita de Estado do presidente Xi Jinping aos EUA, Xi prometeu estabelecer um fundo de cooperação sul-sul no valor de 20 bilhões de yuans (mais de 3 bilhões de dólares) para ajudar os países em desenvolvimento afetados pelo aquecimento global.
“A China é um país que tem demonstrado claramente seu compromisso na luta contra as mudanças climáticas. Eles [presidentes Xi e Obama] conversaram sobre uma nova civilização verde e sobre a civilização ecológica,” disse o ministro francês das relações exteriores, Laurent Fabius, que também é presidente da 21ª Conferência do Clima (COP 21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, em inglês).
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou muito bem sobre o papel “construtivo e ativo” que a China tem desempenhado no combate às mudanças climáticas, dizendo que a China é um líder na promoção da cooperação sul-sul.
“Estou confiante de que a China vai continuar a desemprenhar tal papel em Paris na questão da diferenciação e finanças”, disse o líder da organização.
"Ao assinar um acordo com os Estados Unidos sobre o meio ambiente, através da preparação cuidadosa da COP21 e pela sua presença em Paris conjuntamente com outros líderes mundiais no início do que será uma negociação complexa, o presidente Xi demonstra que a China é uma potência globalmente responsável ", disse Gosset, fundador do Fórum Euro-China.
Edição: Rafael Lima