PARIS,30 de novembro (Diário do Povo Online) - O Presidente Xi Jinping afirmou que a cimeira das Nações Unidas que tivera início ontem, não é “uma meta, mas um ponto de começo” de parte importante da governação mundial.
O líder chinês juntou-se a 150 líderes mundiais que se reuniram em Paris para a cimeira, cuja finalidade é atingir um consenso mundial para o corte de emissões de gases com efeito estufa de 2020 em diante.
Xi disse que a presença dos líderes na conferência, realizada apenas duas semanas depois dos atentados de Paris, demonstra que o terrorismo não tem qualquer influência nos esforços para fazer face às mudanças climáticas.
Esta é a maior reunião de líderes sob um teto no mesmo dia, disse Christiana Figueres, secretária executiva da Convenção das Nações Unidas para as alterações climáticas.
Observadores mostraram-se impressionados com a visão e o sentido de responsabilidade demonstrado no discurso de Xi Jinping.
“A conferência de Paris deve rejeitar a mentalidade retrógrada de um jogo de soma zero”, disse Xi, acrescentando que a conferência para o clima de Paris deve apresentar resultados positivos e práticos através de um acordo integral, balanceado, ambicioso e taxativo.
O líder chinês acrescentou que o combate às mudanças climáticas são uma missão partilhada da humanidade e que os esforços globais para este efeito são um espelho que reflete aos países um modelo para o futuro da governação global.
O princípio de “responsabilidade comum mas diferenciada” deve ser a premissa a seguir, disse o presidente, e a conferência deve proporcionar um futuro vantajoso para todos os intervenientes, com cada país a contribuir com o seu melhor e com liberdade para procurar as suas melhores soluções.
Xi juntou-se a outros líderes na tentativa de quebrar o enguiço de financiamento das negociações climáticas das Nações Unidas e de trazer divisas para a mesa.
O presidente urgiu os países desenvolvidos a honrar o compromisso de financiar o fundo para o clima com 100 biliões de dólares por ano até 2020 e de facultar um forte apoio aos países em desenvolvimento daí em diante. Enquanto isso, é também importante que tecnologia amiga do clima seja transferida para os países em vias de desenvolvimento, disse.
A China compromete-se a providenciar 20 biliões de yuans para estabelecer o fundo de cooperação para as alterações climáticas sul-sul para ajudar outros países a fazer face a este problema.
Xi terminou dizendo que projetos ecológicos serão extensivamente referidos no 13º plano quinquenal (2016-20) e que a China irá ajudar os países em desenvolvimento a criar 10 zonas de emissões baixas de carbono a partir de 2016.
Edição: Mauro Marques