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China irá lançar proibição nacional de exploração florestal em 2016

Fonte: Diário do Povo Online    04.12.2015 10h13

A China irá banir a exploração comercial das florestas em plantações estatais até ao final de 2016 – uma política que muitos especialistas acreditam que terá um forte impacto na proteção dos recursos florestais do país.

Zhang Yongli, vice-diretor da Repartição Florestal Estatal, disse que a China irá também gradualmente parar a exploração comercial de florestas detidas coletivamente no início de 2017.

“Como um dos maiores consumidores de produtos de madeira do mundo, a China tem vindo a intensificar os seus esforços de proteção florestal”, terá dito um oficial da referida repartição.

A China, que explora 49,94 milhões de metros cúbicos de floresta nacional anualmente, iniciou um programa piloto para banir toda a exploração comercial de florestas naturais em zonas-chave da província de Heilongjiang em abril de 2014, informa a agência de notícias Xinhua.

O governo chinês conseguiu um grande progresso no mapeamento de exploração florestal ilegal e comércio associado, de acordo com o instituto Chatham House, sediado em Londres, em 2014.

“A divulgação de uma agenda específica pode ajudar a promover a proteção das florestas na China, mas levará algum tempo até poder ser possível avaliar os resultados dessas medidas”, disse Pan Wenjing, um especialista de proteção florestal associado ao Greenpeace, ao Diário do Povo.

“Muitas florestas na China são geridas de forma deficiente e são pouco produtivas, por isso, o país tem de investir mais esforços no aumento da sua produtividade, para responder à grande procura do país por recursos madeireiros”, acrescentou Pan.

O especialista refere que esta medida poderá ter uma influência negativa direta nas importações ilegais de madeira, especialmente se for tido em conta que mais de metade da madeira chinesa è importada – a maioria de forma ilegal – disse Pan.

A alfândega de Cantão apreendeu 615 contentores com 14,000 toneladas de pau-rosa contrabandeado, num valor de 1.05 biliões de yuans.

Edição: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,editor)

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