Por Su Xiaohui
PEQUIM, 7 de dezembro (Diário do Povo Online) - A recente visita concluída pelo presidente chinês, Xi Jinping, ao Zimbábue e África do Sul é uma ação importante da diplomacia chinesa para promover as relações sino-africanas e fazê-la entrar em uma nova fase histórica. Ao mesmo tempo, também é o fecho perfeito de uma série de grandes eventos diplomáticos da China em 2015.
Em 2015, a diplomacia da China tem sido mais positiva e promissora, o que mostra três características principais.
Em primeiro lugar, a diplomacia chinesa serve ao "sonho chinês".
Para alcançar o "sonho chinês" de grande rejuvenescimento da nação chinesa, é necessário um ambiente internacional pacífico. Portanto, a tarefa mais importante da diplomacia da China é promover a interação entre a China e os países do mundo pautada no benefício recíproco.
A proposta "Um Cinturão e Uma Rota" é um fator importante na unificação do desenvolvimento interno com a abertura, na ligação do desenvolvimento da China e do mundo e na ampliação da cooperação entre a China e os países do mundo.
Por exemplo, durante a visita à Rússia e Cazaquistão, Xi Jinping realizou a ligação do cinturão econômico da rota da seda com a construção da aliança econômica russa na Europa-Ásia e a política "estrada luminosa" no Cazaquistão.
Em segundo lugar, a diplomacia da China tem uma responsabilidade de uma potência.
Em 2015 se comemora o 70º aniversário da vitória na guerra antifascista e da fundação das Nações Unidas. Por este motivo, a China enfatizou que a ordem internacional do pós-guerra, construída tendo a Organização das Nações Unidas como núcleo é a pedra angular da paz e da estabilidade no mundo de hoje. A China opõe-se firmemente a qualquer tentativa de embelezar as agressões do fascismo e do militarismo, bem como quaisquer atos de distorcer a história.
Por iniciativa chinesa, o Conselho de Segurança da ONU realizou um debate público com o tema da manutenção da paz e da segurança internacional. Xi Jinping participou de uma série de cúpulas em comemoração ao 70º aniversário das Nações Unidas, anunciando a criação pela China do fundo da paz e desenvolvimento China-ONU, no valor total de US$ 1 bilhão e a adesão da China ao novo mecanismo de vigilância da capacidade de manutenção da paz da ONU.
A China apoia o desenvolvimento sustentável. A China anunciou a criação do "fundo de assistência à cooperação Sul-Sul" para ajudar os países em desenvolvimento a implementarem a agenda de desenvolvimento pós-2015. A China também estabelecerá um centro internacional para o desenvolvimento do conhecimento para o intercâmbio com outros países sobre as teorias e práticas do desenvolvimento próprias às condições de cada país. A China disse, na reunião dos líderes do G20 e outras importantes plataformas de governança econômica, que deve ser implementado a agenda de desenvolvimento sustentável 2030 para injetar uma força significativa no desenvolvimento inclusivo e equitativo.
A China também fez uma contribuição positiva no enfrentamento aos desafios globais. Xi Jinping participou da cerimônia de abertura da Conferência sobre Mudanças Climáticas em Paris e proferiu um discurso onde propôs medidas para lidar em conjunto com os desafios globais de mudanças climáticas e incentivar as partes a chegarem a um consenso no processo de negociação.
Em terceiro lugar, a diplomacia da China promove a construção de novas relações internacionais com núcleo na cooperação e benerício mútuo.
A China e a Grã-Bretanha estabeleceram a parceria estratégica global para o século XXI, abrindo a "era de ouro" das relações bilaterais e praticando o conceito de novas relações internacionais. As relações entre a China e a África foram promovidas para uma parceria estratégica integral, os dois lados concordaram em fazer novas e maiores contribuições para construir um novo tipo de relações internacionais.
No mundo de hoje, a China está se aproximando cada dia mais do centro do palco mundial. A atenção e a importância dadas pela comunidade internacional à China aumentam sem cessar, e a solução dos problemas internacionais político, econômico, de segurança e outros campos não pode ser separado, cada vez mais, da participação da China. A diplomacia chinesa mostra as características, o estilo e o vigor da China.
(O autor do texto é vice-diretor do Instituto de Pesquisa Estratégica Internacional do Instituto de Pesquisa de Assuntos internacionais)
Revisão: Rafael Lima