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Assinatura do Acordo de Paris promove internacionalmente as novas energias (4)

Fonte: Diário do Povo Online    14.12.2015 13h03
Assinatura do Acordo de Paris promove internacionalmente as novas energias

PARIS, 14 de dezembro (Diário do Povo Online) - O novo acordo global sobre mudanças climáticas aprovado pela 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-21) estabeleceu uma série de novos objetivos para o controle da temperatura e emissão dos gases do efeito estufa. Diversas organizações de proteção ambiental, pesquisadores e políticos consideram que estes objetivos vão promover internacionalmente as novas energias.

O fim dos combustíveis fósseis? 

O Acordo de Paris definiu o objetivo de controlar o crescimento médio da temperatura global abaixo dos 2℃. Segundo o novo acordo, o mundo vai chegar ao topo das emissões de gases do efeito estufa o mais cedo possível e zerar a emissão desses gases na segunda metade deste século.

De acordo com a previsão de várias organizações de proteção ambiental, personalidades políticas e empresários, os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris vão impulsionar internacionalmente as novas energias (mais limpas), podendo anunciar “o fim da era dos combustíveis fósseis”.

O secretário-geral do “Greenpeace”, Kumi Naidoo, disse que os objetivos vão “causar pânico nas salas de conferência dos conselhos de administração das empresas de carvão e nos palácios dos países exportadores de petróleo”.

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, afirmou que o Acordo de Paris é “mundial e ambicioso” e que transmite um “sinal claro” aos governos, empresas e investidores de diversos países sobre “uma mudança firme e inevitável da economia mundial da dependência da energia não limpa para o crescimento sustentável”.

Na verdade, essa mudança já começou a tomar forma. O preço do carvão nos mercados dos países desenvolvidos caiu significativamente por causa da pressão de medidas rigorosas de prevenção e controle de poluição. As poucas minas de carvão profundas existentes no Reino Unidos vão fechar devido à massificação dos equipamentos de energia solar. O número de equipamentos de energia renovável em vários países, incluindo Estados Unidos, Alemanha e China, também cresceu rapidamente nos últimos anos.

Afluxo de investimento para as novas energias

De acordo com o chefe executivo da Unilever, Paul Polman, a influência do Acordo de Paris vai ter impacto em vários setores e níveis, superando a esfera de influência das “ações dos governos dos diversos países”. 

Para concretizar os objetivos de controle da temperatura e a redução de gases do efeito estufa estabelecidos pelo Acordo de Paris, além da realização dos compromissos dos governos dos diversos países, as empresas, consumidores e investidores também precisam enfrentar o problema. Os investidores são extremamente importantes para a realização dos objetivos, disse Hans Joachim Schellnhuber, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre Impacto Climático na Alemanha.

Na semana passada, 26 órgãos financeiros públicos e privados e algumas bolsas de valores já se reuniram para discutir temas sobre o enfrentamento das mudanças climáticas. Segundo a reportagem do jornal britânico “The Gardian”, o volume total de capitais destes órgãos financeiros ultrapassa 11 trilhões de dólares.

Desenvolvimento das tecnologias de emissão negativa

Alguns cientistas indicaram que diante da atual tendência das mudanças climáticas, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, devemos aproveitar as inovações técnicas e realizar a redução de gás carbônico na atmosfera, ou seja, concretizar a emissão negativa, a fim de realizar os objetivos do Acordo de Paris.

No entanto, por causa das limitações das tecnologias atuais, as medidas mencionadas também têm influências negativas, como por exemplo, o uso de grandes extensões de terra.

Oliver Geden, pesquisador do Instituto Alemão de Política e Segurança Internacional (SWP), disse que até agora a “emissão negativa” é uma “fantasia científica” e que “precisamos discutir seriamente sua influência e desenvolvê-la em grande escala.”

Edição: Chen Ying

Revisão: Rafael Lima


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