Os analistas preveem que o crescimento da Região Administrativa Especial de Hong Kong atinga os 2.5% em 2016, mantendo o ritmo deste ano.

De acordo com um relatório emitido pelo Banco da China na terça-feira, economias do cenário internacional enfraquecidas, um dólar forte e um decréscimo no mercado de turismo exerceram una influência negativa na economia de Hong Kong este ano.

Contudo, a procura interna e o mercado de trabalho mantiveram-se estáveis. Durante este ano, o crescimento económico estima-se que venha a situar-se nos 2.5% e a taxa de desemprego num nível reduzido de 3.3%.

O banco assume uma postura pessimista relativamente ao comércio externo e à indústria turística para o próximo ano. Com uma procura de mercado além-mar tão enfraquecida, o mercado doméstico deverá tornar-se o principal motor do crescimento económico para 2016.

O diretor de investigação económica do Banco da China (BOC), Xie Guoliang, assevera que o cenário económico mundial poderá ser levemente mais otimista no próximo ano. Contudo, com o aumento da taxa de juro nos EUA e com a improbabilidade de uma viragem na tendência do turismo, as receitas provenientes das exportações e do turismo não deverão registar melhorias a curto prazo.

Para 2016, o crescimento económico e a taxa de desemprego de Hong Kong deverão permanecer inalteradas, com 2.5% e 3.3% respetivamente. A inflação deverá aumentar 2.2% face ao ano transato.

O crescimento da indústria financeira deverá permanecer robusto durante o próximo ano.

Terence Tai-Leung Chong, diretor executivo do Instituto Global de Economia e Finanças da Universidade Chinesa de Hong Kong, disse que um setor financeiro forte deverá absorver recursos laborais de outros setores, como o retalho, e que a economia de Hong Kong deverá permanecer saudável.

No que diz respeito ao mercado imobiliário, há uma antecipação generalizada do declínio dos preços. De acordo com o relatório do BOC, esse declínio deverá ser moderado.

O BOC prevê também que o crescimento da China continental seja de 6.8 pontos percentuais e que, simultaneamente, a taxa de câmbio entre o RMB e o dólar seja de 6.6 yuans para 1 dólar.

Edição: Mauro Marques