Beijing, 31 dez (Xinhua) -- A chave para manter o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito de Taiwan é aceitar o Consenso de 1992, que endossa o princípio de uma só China, disse na quarta-feira um funcionário da China Continental.
Ma Xiaoguang, porta-voz do Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, advertiu, em uma coletiva de imprensa, contra os perigos de desvio do Conselho de 1992.
"Sem a base política do Conselho de 1992, a comunicação institucionalizada e o mecanismo de comunicação através do Estreito serão afetados com certeza ou até sofrerão colapso, e o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito enfrentará tempestades", disse Ma.
O Consenso de 1992 foi atingido entre a Associação de Relações entre os Dois Lados do Estreito de Taiwan (ARATS, em inglês), com sede na parte continental da China, e a Fundação de Intercâmbios através do Estreito (SEF, em inglês), em Taiwan, em novembro de 1992 em Hong Kong.
O centro do Consenso de 1992 é que a parte continental e Taiwan pertencem à mesma China e suas relações não são laços entre países, disse Ma.
O porta-voz fez o comentário em resposa aos repórteres sobre as declarações de Tsai Ing-wen, presidente do opositor Partido Progressista Democrático.
Em um debate de TV para a eleição dos líderes de Taiwan no domingo, Tshai disse que ela não negou os fatos históricos da reunião entre a ARATS e a SEF em 1992, mas acrescentou que houve diferentes pontos de vista sobre como interpretar o evento.
"Tanto a reunião como o significado do Consenso de 1992 chegado após a reunião têm registros completos e não devem ser duvidados", disse Ma.
Aderir ao Consenso de 1992 tem sido uma base política comum para a parte continental e Taiwan. Isso tem levado relações pacíficas e estáveis através do Estreito de Taiwan além de benefícios substanciais para os povos dos dois lados, assinalou Ma.