ANCARA, 13 de janeiro (Diário do Povo Online) –O ataque suicida que deixou 11 pessoas mortas na terça-feira no centro de Istambul expôs a vulnerabilidade da Turquia frente aos desafios de segurança em uma região turbulenta onde o terrorismo é crescente.
"Este é um efeito colateral das atividades criminosas em curso por grupos terroristas que operam nos países vizinhos problemáticos da Turquia, nomeadamente a Síria e o Iraque," disse Mehmet Seyfettin Erol, professor de relações internacionais.
"Se os terroristas são capazes de atacar o coração da capital turca, então devemos realmente ficar preocupados", acrescentou Mehmet.
O porta-voz do governo turco e vice-primeiro-ministro, Numan Kurtulmus, informou que 11 pessoas foram mortas e outras 15 ficaram feridas. Todos os mortos no ataque eram estrangeiros, em sua maioria alemães.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, revelou que o homem-bomba era de origem síria e membro do Estado Islâmico (IS).
O ataque aconteceu na Praça Sultanahmet, em Istambu, a maior cidade da Turquia. O local é um famoso ponto turístico e fica perto da basílica de Santa Sofia e da Mesquita Azul.
De acordo com Ercan Tastekin, chefe do Centro de Pesquisas em Estratégias de Segurança, em Ancara, a localização foi escolhida pelo grupo terrorista para enviar uma mensagem de que a Turquia não é um país seguro para se visitar.
Ele também salientou que outro objetivo poderia ser o de prejudicar a indústria do turismo.
Istambul é uma cidade que gera um terço das receitas do turismo para a Turquia, que recebeu 36 milhões de turistas em 2015.
A Turquia arrecadou cerca de US$ 30 bilhões de dólares com o turismo em 2014. Estima-se que a receita tenha caído para US$ 28 bilhões em 2015.
Edição: Rafael Lima