Jiang Yue, estudante chinesa de 19 anos no estado do Arizona, encontrava-se a conduzir o seu veículo quando uma outra condutora embateu na sua viatura. A este episódio sucedeu-se uma inesperada reação de fúria que terminou com uma salva de tiros, por parte da condutora em falta, dirigidos à estudante chinesa. Esta tragédia tornou-se num foco de atenção um pouco por todo mundo.
Jiang Yue era natural de Chongqing, cidade no sudoeste da China, e encontrava-se a frequentar o segundo ano no Departamento de Finanças da Universidade de Arizona. A cadeia ABC reportou que, no dia 16 de janeiro à tarde, ela se encontraria a conduzir o seu veículo, juntamente com o namorado, à espera do sinal verde no cruzamento entre a Rua Broadway e a Rua McClintock. Neste momento terá sido atingida por uma condutora americana, Holly Davis, de 32 anos de idade. O mais impressionante (e inesperado) foi a reação da condutora americana, que, após a colisão, desceu do seu automóvel, dirigiu-se à janela do carro de Jiang Yue, sacou de uma arma de fogo e disparou repetidamente na vítima.
Jiang Yue teria perdido o controlo do carro e colidido com outro veículo, ferindo 5 pessoas, incluindo uma grávida e três crianças. Jiang não resistiu aos ferimentos das balas e morreu a bordo da ambulância enquanto estava a caminho do hospital.
A imprensa norte-americana rotulou este caso como pertencente a um tipo de fenómeno chamado “fúria na estrada”. A polícia mais tarde dirigiu-se à casa de Davis para proceder à sua detenção, tendo a agressora recusado a cooperar, mentindo compulsivamente e tentando encobrir a verdade. Acabou, porém, por reconhecer que consumia narcóticos. Por fim, foi condenada com assassinato em primeiro grau, uso de armas letais, violência intencional, entre outros crimes.
As demonstrações de solidariedade não se fizeram esperar. Vários colegas e amigos da vítima deslocaram-se ao local da tragédia, decorando a estrada com flores e cartões. Vários estudantes da universidade de Jiang organizaram uma cerimónia em memória da estudante, que contou com a participação de mais de 300 pessoas.
A polícia referiu que este não se trataria de um caso de racismo, mas de uma infeliz coincidência da qual resultou uma vítima inocente. Este caso veio contribuir para aprofundar o já aceso debate em torno das licenças de porte de arma e da proliferação das armas de fogo nos EUA.
Edição: Mauro Marques