Beijing, 25 jan (Xinhua) -- Beijing, capital da China, limitará sua população a 23 milhões de pessoas para o ano 2020, segundo as declarações de funcionários durante as "duas sessões" locais anuais.

As "duas sessões" fazem referência às reuniões da Assembleia Popular Municipal - órgão legislativo - e do Comitê Municipal da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, órgão assessor político.

Nos próximos cinco anos, Beijing continuará realocando sua população desde as áreas centrais até o subúrbio, afirmou o prefeito Wang Anshun. A população permanente nas zonas centrais diminuirá 15% em relação a 2014.

O limite máximo da população se estabeleceu de acordo com a capacidade máxima de recursos como a água, segundo as fontes.

Beijing tem experimentado um menor ritmo de crescimento da população nos últimos anos graças aos esforços no ajuste das funções municipais e a relocalização de algumas indústrias. Nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento anual se situou em 2%, em comparação com a de 5% dos anos anteriores, mostram as estatísticas.

Em 2015, o município acolheu 21,7 milhões de residentes permanentes. Beijing tem como objetivo limitar sua população a 22 milhões em 2016.

Nas últimas décadas, Beijing fracassou em repetidas ocasiões suas metas de controle demográfico por causa da imigração procedente de todo o país atraída pelas vantagens da capital em aspectos econômico, cultural, educativo ou sanitário, entre os outros.

A crescente população aumenta a pressão sobre os recursos como a água e piora os problemas de trânsito e meio ambiente.

"Foi difícil de simplesmente obrigar as pessoas a que saia da cidade, sem ter encontrado destinos apropriados para a população recolocada", recorda o vice-prefeito Li Shixiang, acrescentando que um plano de desenvolvimento coordenado Beijing-Tianjin-Hebei parece ser a solução ideal.

O diretor da Comissão Municipal de Desenvolvimento e Reforma de Beijing, Lu Yan, sublinhou que a cidade continuará implementando seu plano de recolocação e deslocando sua população a novos povoados e regiões periféricas.

Em 2016, cerca de 300 empresas, em sua maioria dedicadas à manufatura, serão deslocadas fora da cidade. Nos próximos cinco anos, as grandes bases de logística e os mercados de venda em grandes quantidades serão deslocados para fora da área do 4º anel rodoviário .

Por outro lado, também serão tomadas medidas para aliviar a pressão demográfica nas regiões centrais da cidade.

O distrito de Xicheng reduzirá sua população 3% em 2016, enquanto o distrito de Dongcheng limitará sua população por meio da recolocação de hospitais e o corte do número de inscritos nas escolas técnicas.

Do mesmo modo, Beijing continuará deslocando seus órgãos administrativos municipais desde as zonas centrais ao distrito suburbano de Tongzhou, no leste da cidade, em 2017, revelou o prefeito, Wang Anshun.