Beijing, 29 jan (Xinhua) -- O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, partirá da China em 30 de janeiro para realizar visitas oficiais ao Maláui, Maurício, Moçambique e Namíbia, antes de participar de uma conferência de doadores da Síria a ser realizada em Londres em 4 de fevereiro.
"A escolha da África como destino para a primeira viagem anual do chanceler é uma boa tradição da diplomacia da China, o que mostra a importância dos laços entre as duas partes", manifestou a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, em uma entrevista coletiva regular realizada na quinta-feira em Beijing.
A escolha dos quatro países, cada um com diferentes características, demonstra o princípio da diplomacia chinesa de tratar todos os países sobre uma base de igualdade, indicou Hua.
Wang se reunirá com os líderes e chanceleres para discutir a forma de implementar os resultados da Cúpula de Johannesburgo do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês) e definir os prioritários âmbitos e projetos de cooperação.
Durante a cúpula convocada no início de dezembro de 2015, o presidente chinês, Xi Jinping, propôs dez planos de cooperação para os próximos três anos em áreas como industrialização, agricultura,infraestruturas, desenvolvimento ecológico e redução da pobreza.
"Esperamos que a cooperação entre a China e a África dê fruto e beneficie o povo o mais cedo possível, promova resultados de benefício mútuo e o desenvolvimento conjunto", disse Hua.
Quanto à conferência de doadores da Síria, também conhecida como a Conferência Internacional de Promessas Humanitárias para Síria, Hua assinalou que o chanceler explicará com detalhe as propostas da China para a situação humanitária na Síria e o processo de resolução política, assim como as medidas para aliviar o sofrimento das pessoas sem casa e os refugiados da Síria.
A China espera que esta conferência atraia a atenção de todas as partes para a crise dos refugiados e reúna mais esforços internacionais na assistência e assentamento dessas pessoas, indicou.
A porta-voz acrescentou que a China apoia o papel de mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) na busca de uma solução política na Síria, o que ajudará a abordar a raiz do problema dos refugiados.