As autoridades intensificaram uma investigação a uma mina de gipsite em Shandong, após quatro mineiros terem sido salvos, tendo estado presos a mais de 200 metros abaixo do solo por 36 dias.
Está também em curso um plano para reparação do solo danificado pela exploração de gipsite.
Uma equipa composta por especialistas e oficiais do governo foi organizada no sábado para investigar a causa do acidente, e para ajudar nas buscas por aqueles ainda desaparecidos, avançou o governo local.
Os quatro sobreviventes salvos na sexta-feira ficaram presos após um colapso que ocorrera numa mina operada pela Yurong Trade and Commerce Co. em Pinyi a 25 de dezembro.
Os quatro mineiros, localizados por um sistema de deteção de vida a 30 de dezembro, terão sido providenciados com comida e água. Outros 11 sobreviventes terão sido salvos no espaço de um dia após o acidente ocorrer.
No domingo terá sido confirmada a morte de um dos trabalhadores no colapso. Treze trabalhadores encontravam-se ainda por localizar.
Zhang Shuping, o presidente da câmara (prefeito) de Linyi, a cidade que governa Pinyi, disse: “Nunca desistimos dos trabalhos de pesquisa e de salvamento pelos 13 desaparecidos. Estamos a consultar os especialistas para avançar com novas soluções de salvamento”.
Zhang disse que as autoridades irão inspecionar 212 minas que não se dediquem à exploração de carvão na cidade e encerrar aquelas que apresentarem riscos de segurança.
(imagem) Um dos mineiros é retirado da mina após 36 dias preso na mina de gipsite
O presidente avançou também que a cidade irá organizar equipas profissionais para reparar mais de 1 milhão de metros quadrados de terra afetada pelas atividades mineiras, de modo a prevenir colapsos futuros.
Os quatro mineiros estavam em condições estáveis após terem sido transferidos de unidades de cuidados intensivos para unidades normais no domingo, de acordo com a CCTV.
Os efeitos da atividade mineira, uma das fontes principais de rendimento da região gerou estragos no solo, influenciando o seu potencial para atividades agrícolas. “A terra cedeu demais”, disse um dos aldeões. “Penso que o governo terá de reparar o solo para que possamos voltar a fazer colheitas de novo”, disse.
Edição: Mauro Marques