Em resposta à petição pública cuja premissa era atribuir a Taiwan o estatuto de país, o governo britânico pronunciou-se ontem (4), afirmando expressamente que, desde que iniciara as relações diplomáticas com a China em 1972, o governo inglês mantém a sua posição de não reconhecer Taiwan como um país. O Reino Unido acrescenta ainda que esta questão deve ser resolvida através do diálogo e consistente com os pontos de vista dos cidadãos dos dois lados do estreito de Taiwan.
De acordo com o comunicado conjunto sino-britânico de 1972, “O Reino Unido reconhece a posição chinesa onde Taiwan é uma província da República Popular da China, assim como distingue o governo da República Popular da China como único governo legítimo da China”.
Esta petição foi iniciada por Lee Chapman a 18 de janeiro no website do parlamento. Num espaço de 20 dias atingiu 10 mil assinaturas, o número mínimo de assinaturas que, por lei, exige a discussão da proposta no parlamento.
O governo britânico vê com bons olhos os recentes desenvolvimentos notáveis ao nível do comércio, turismo, entre outros aspetos, sendo da opinião que estes fatores contribuem em grande medida para a estabilidade regional, apoiando, por isso, a manutenção desta tendência para o futuro.
O comunicado fez também notar que a relação do Reino Unido com Taiwan é “robusta, ainda que não oficial” e que traz proveitos em larga medida para as ambas as partes. Existe atualmente um amplo intercâmbio em questões ambientais, jurídicas, na educação, entre outros campos de interesse mútuo.
O governo britânico incentiva as empresas locais a apostar na vitalidade económica, no ambiente de negócios sofisticado e na exposição à rede de investimentos na região da Ásia-Pacífico oferecidos em Taiwan. A ilha é atualmente o sexto maior mercado para o Reino Unido na região da Ásia-Pacífico. No ano de 2014, os valores do comércio entre o Reino Unido e a ilha totalizaram os 5,8 biliões de libras esterlinas, um recorde histórico.
Mais se acrescenta que o Reino Unido e Taiwan gozam de uma relação construtiva em várias instituições cujas condições de entrada não implicam o estatuto de país. Exemplos disso são a Organização Mundial do Comércio e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento.
Edição: Mauro Marques