Rotulado com o número de série B90B, o iceberg poderá por em causa a sobrevivência de uma tribo de pinguins cuja rota de caça ficara bloqueada.
A revista Antartic Science publicou recentemente um artigo onde relata a morte de uma grande quantidade de pinguins devido à obstrução da rota de alimentação destes animais por um iceberg flutuante.
Segundo o artigo, residem na baía da Commonwealth dezenas de milhares de pinguins, sendo que a grande parte é da espécie pinguim-de-Adélia. Estes pinguins constroem os seus ninhos e reproduzem-se geralmente a cerca de 10km da costa. Após a reprodução, os machos e fêmeas tomam turnos para irem caçar e trazer alimentos até aos ninhos.
A vida destes animais seria desestabilizada com a chegada de um iceberg colossal com 100 quilómetros de largura e com uma área de 2900 quilómetros quadrados.
Consta que este gigante, com um tamanho semelhante ao Luxemburgo, já se encontraria à deriva à 20 anos, sendo que esta é a primeira vez que terá dado à costa. A chegada deste intruso terá obrigado a população de pinguins a desviar-se da rota original de caça, obrigando as aves laboriosas a percorrer uns extasiantes 20 a 39 quilómetros extraordinários, o que totaliza numa marca de 60 quilómetros suplementares.
As consequências deste desastre natural são óbvias. Uma grande parte dos pinguins não resiste à fadiga e à fome, acabando por perecer.
De acordo com estatísticas, a população dos pinguins atingira um pico de 160 mil pinguins. Restam agora apenas cerca de 10 mil espécimes.
Há cientistas que dizem que, se não houver meios de atuação, esta tribo de pinguins poderá extinguir-se.
Edição: Mauro Marques