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Separações dolorosas no período pós-Ano Novo Chinês

Fonte: Diário do Povo Online    17.02.2016 10h50
Separações dolorosas no período pós-Ano Novo Chinês
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Com o final das celebrações de ano novo chega também o regresso progressivo de milhões de trabalhadores migrantes às grandes cidades e, por sua vez, o dilema de sempre: as despedidas.

Os jornalistas testemunharam, desta feita, em Qionglai,na província de Sichuan, esta cena dolorosa. Hoje é o dia em que a Sra. Zhi, uma estafeta de 40 anos, tem de voltar a Chengdu para se preparar para o trabalho. O seu filho, Feng Feng, de 7 anos, ao ver a mãe partir berra e esperneia, insistindo que quer acompanhar a mãe até ao seu destino. Os avós debatem-se para conter o neto indomável que de tudo faz para segurar a mão da mãe, gritando em plenos pulmões “Vocês não podem fazer isto comigo!”. Desde que a Sra.Zhi voltara para casa para celebrar o ano novo durante os últimos dias, ambos passearam, brincaram e dormiram juntos para compensar o tempo em que estiveram separados.

Zhi é divorciada. Na sua terra natal há ainda uma jovem a frequentar a escola secundária à sua responsabilidade, o que não lhe deixou outra hipótese senão sair de casa para ajudar a manter os custos dos dois estudantes. Se levasse o filho para Chengdu, esta não teria hipóteses de cuidar dele. De acordo com as estatísticas oficiais, o número de crianças “deixadas para trás” nas áreas rurais da China é de 61 milhões. Feng Feng é apenas um deles.

Edição: Mauro Marques 


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