NAÇÕES UNIDAS, 2 de mar (Diário do Povo Online) – O Conselho de Segurança da ONU adotou por unanimidade uma nova resolução para impor sanções ainda mais severas contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) ao mesmo em que pediu pelo fim do programa nuclear e a retomada das conversações das seis partes.
A nova resolução busca freiar os esforços da RPDC de desenvolver seu programa nuclear e de mísseis balísticos. A antiga resolução do conselho de segurança estipulava que Pyongyang estava proibida de realizar testes nucleares e usar tecnologia de lançamento de mísseis.
“As sanções não são um objetivo em si,” disse o embaixador chinês Liu Jieyi após a votação.
No dia 6 de fevereiro deste ano, a RPDC, desafiando a oposição da comunidade internacional, realizou um novo teste nuclear e no dia 7 de fevereiro, o país testou a tecnologia de lançamento de mísseis balísticos ao lançar um satélite, o que representa uma série de violações às resoluções do Conselho de Segurança, disse Liu.
“A China expressou de forma explícita sua oposição a esses testes,” sublinhou o embaixador, acrescentando que “a China sempre insistiu na ideia de que a península coreana deve ser desnuclearizada, na manutenção da paz, da estabilidade e na resolução dos problemas por meio do diálogo e consultas”.
Como muitos outros, Liu instou Pyongyang a retomar as conversações das seis partes em conjunto com a Coreia do Sul, China, EUA, Japão e Rússia.
As conversações das seis partes foram lançadas em 2003 mas desde 2008 estão estagnadas. A RPDC deixou as conversações em abril de 2009.
“Atualmente, a situação na península coreana é altamente sensível e complexa, o que torna ainda mais necessário que nós mantenhamos a calma e façamos uso da diplomacia,” disse ele.
“A China espera que as partes envolvidas estejam de acordo com a China, que sempre tenham em mente a necessidade global pela manutenção da paz e estabilidade da península coreana e do nordeste asiático e que se esforcem para dissipar a neblina da guerra, agindo com sabedoria e trabalhando juntos para a desnuclearização da península coreana,” disse o enviado chinês.
Edição: Rafael Lima