Uma enfermeira chinesa prepara uma vacina que será aplicada num garoto em um hospital de Shanghai, China, no dia 20 de março de 2016. [Foto/IC]
O governo prometeu nesta segunda-feira investigar minuciosamente o escândalo que veio à tona recentemente envolvendo vacinas mal manipuladas no valor de 570 milhões de yuans (US$ 88 milhões).
O Conselho de Estado criou uma equipe especial para investigar o sistema de regulação que falhou em conseguir barrar a distribuição de vacinas de baixa qualidade em todo o território nacional desde 2011.
O grupo é composto por funcionários da administração Estatal de Alimentos e Medicamentos da China, Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, Ministério da Segurança Pública, Ministério da Supervisão e - mais notavelmente - a Suprema Procuradoria Popular.
A equipe liderada por Bi Jingquan, chefe da Administração Estatal de Alimentos e Medicamentos da China, trabalhará sob a supervisão de uma equipe de inspeção liderada por Ding Xiangyang, vice-secretário-geral do Conselho de Estado.
O escândalo, que veio à tona pela primeira vez no final de fevereiro, chocou a nação e gerou desconfiança pública generalizada sobre a segurança das vacinas.
A polícia da província de Shandong disse que prendeu uma mãe e filha acusadas de vender ilegalmente vacinas indevidamente armazenadas ou fora da data de validade em 20 províncias desde 2011.
Mais de 130 suspeitos foram detidos e cerca de 30 empresas de distribuição de medicamentos foram investigadas por vender de forma ilegal vacinas para 16 postos de vacinação.
O primeiro-ministro Li Keqiang disse que o governo irá reforçar a proteção da saúde pública e reprimir eventuais infrações penais e abandono do dever relacionado a alimentos e medicamentos.
Edição: Rafael Lima