A Agência Internacional de Energia (AIE) avançou que a China está no bom caminho para conseguir atingir o objetivo de garantir que 15% das suas necessidades energéticas provêm de energias renováveis até 2020.
Fatih Birol, diretor executivo do escritório da AIE em Paris, disse na quarta-feira que a China, mantendo a tendência de investimento no setor das energias renováveis, não deverá enfrentar quaisquer entraves para atingir a meta referida.
“A China conseguiu alguns passos importantes na transição energética. É o nº1 na produção de energia eólica, solar e hidroelétrica”, disse Birol ao jornal China Daily numa entrevista exclusiva em Beijing.
“Simultaneamente, o consumo de carvão tem descido. A China foi também o expoente máximo no mundo em termos de redução de utilização do carvão”, acrescentou.
De acordo com uma projeção feita na quarta-feira por Sun Longde, o vice-presidente da PetroChina Co., o consumo energético da China deverá atingir o seu pico em 2035, juntamente com o rebalancear da economia do país.
Birol não conseguiu prever qual será a fonte energética mais preponderante na China a longo prazo, pois assevera que o país se encontra a diversificar progressivamente o seu leque de escolhas e, concomitantemente, a aumentar a eficiência destas.
O diretor executivo deslocou-se a Beijing para participar numa cerimónia que marca o 20º aniversário da parceria entre a China e a AIE, anunciando na quarta-feira que a última se prepara para abrir um centro de cooperação energética na capital chinesa.
O futuro centro deverá ajudar a China a obter informações relevantes no âmbito do setor energético e, por seu turno, a AIE terá a oportunidade de fazer a recolha de dados num dos focos mundiais da sua área de intervenção.