A 4 de abril, o acordo firmado entre a União Europeia e a Turquia para a repatriação de refugiados sírios entrou em efeito.
Nesse dia, após seleção feita pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 32 refugiados chegaram a Hanover, na Alemanha, em dois aviões provenientes da Turquia.
No mesmo dia, mais de 200 pessoas que não cumpriam as condições para o estatuto de refugiados foram repatriadas da Grécia para a Turquia.
De acordo com os vários turnos de negociações entre a UE e a Turquia, foi concluído a 18 de março do presente ano um acordo que estipula que ambas as partes começariam a repatriação dos refugiados a 4 de abril: A partir deste dia, todos os refugiados provenientes da Turquia que não cumpram as condições legais, serão enviados de volta a este último. Por sua vez, por cada refugiado enviado de volta à Turquia, a UE terá de aceitar outro refugiado.
Este acordo permite à União Europeia recuperar da situação caótica do ano passado e, faseadamente, receber mais refugiados. De acordo com o jornal alemão Deutsche Welle, a UE deverá receber um total de 72,000 refugiados sírios.
A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que este acordo é uma prova de que a Europa consegue lidar com esta crise. Contudo, os resultados do acordo foram recebidos com ceticismo por várias entidades do país.
De facto, o sucesso do programa é posto em causa pela disparidade da quantidade de refugiados que continuam em busca de asilo. Nas últimas 24 horas foram contabilizados 339 pessoas que foram transportadas de barco desde a Turquia até às Ilhas Egeias na Grécia.