Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas de mãos dadas com Banco Asiático de Desenvolvimento

Fonte: Diário do Povo Online    05.05.2016 11h28

Por Wang Yiwei

Recentemente, o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), Jin Liqun, juntamente com o seu homólogo do Banco Asiático de Desenvolvimento(BAD), Nakao Takehiko, assinaram na Alemanha um memorando de entendimento para o reforço da cooperação entre ambas as instituições.

Através da cooperação no financiamento, conhecimento e do diálogo, ambas as partes tencionam realizar projetos conjuntos nas áreas da energia, transportes, comunicações, desenvolvimento agrícola, recursos hídricos, desenvolvimento urbano, proteção ambiental, entre outros.

De acordo com as estimativas, entre 2010 e 2020, o total de investimento necessário em infraestruturas nos países em desenvolvimento na Ásia ascende aos 8 triliões de dólares. A média anual de necessidades de investimento é de cerca de 700 biliões de dólares. Porém o montante de investimento dos bancos de desenvolvimento multilateral a operar atualmente na Ásia situa-se apenas entre os 100 e os 200 biliões de dólares. Mediante esta situação, o BAII passou a impulsionar mais fundos para apoiar o desenvolvimento infraestrutural, e promover o incremento das economias asiáticas. Ao mesmo tempo, passou a impulsionar as relações e o intercâmbio com a China.

Simultaneamente, o BAII serve também o propósito da cooperação sul-sul e sul-norte. Os membros do Banco estendem-se através da Ásia, Austrália, Europa, África e América do Sul, incluindo países desenvolvidos como o Reino Unido, Alemanha, França, entre outros. O BAII foca-se essencialmente nos seus membros em desenvolvimento, oferecendo também vantagens de interação económica aos países desenvolvidos. Esta dinâmica permite aprofundar a entreajuda e os fluxos económicos entre ambos os hemisférios, contribuindo para dar lugar a um desenvolvimento mundial mais equitativo.

A aliança entre o BAII e o BAD segue a filosofia do benefício mútuo advogada pela China e vem provar que a existência desta instituição funciona como um complemento à ordem económica, e não como um substituto.

A iniciativa “Um Cinturão e uma Rota”, também integrada no espírito de retorno mútuo anteriormente referido, irá focar-se na construção de canais de comunicação entre os países abrangidos. Os países em desenvolvimento ao longo da extensão deste programa deverão ter acesso a bens públicos básicos, intensificar as suas rotas comerciais e de investimento e, assim, consolidar o ímpeto de desenvolvimento regional comum.

O desenvolvimento da China não pode ser desvinculado do resto do mundo, o desenvolvimento do mundo necessita da China. Sob o lema de um desenvolvimento pacífico à cooperação de benefício mútuo, do BAII à iniciativa “Um Cinturão e uma Rota”, todos eles abarcam os valores chineses e a sabedoria chinesa, assim como se afastam de conceitos como o colonialismo, imperialismo e hegemonia. Estes programas têm como meta o desenvolvimento equilibrado da humanidade, a inclusividade e a sustentabilidade.

O autor é um investigador afiliado ao Centro de Investigação Alemão da Universidade Tongji, ao Instituto de Finanças Chongyang e à Universidade Renmin.

Edição: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,editor)

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