Beijing, 8 jun (Xinhua) -- A China pediu na terça-feira que o governo do Japão adote uma posição correta em relação ao problema das "mulheres de conforto".
Em uma entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, disse que incluir os arquivos sobre "mulheres de conforto" no Registro da Memória do Mundo ajudará as pessoas a entender a crueldade da guerra, recordar a história, estimar a paz e salvaguardar a dignidade.
Diversas organizações não governamentais (ONG) da China, República da Coreia, Japão, Filipinas e outros países e regiões estão trabalhando juntas para que a documentação sobre as escravas sexuais seja incluída no Registro da Memória do Mundo.
O Japão não deve interferir nas atividades destas ONGs, sublinhou Hong, pedindo que o país nipônico cumpra com suas promessas e ganhe a confiança de seus vizinhos asiáticos, assim como da comunidade internacional.
Os historiadores acreditam que centenas de milhares de mulheres asiáticas foram forçadas a servir em bordeis do exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial.
O Programa de Memória do Mundo, estabelecido em 1992 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, em inglês), dedica-se a preservar os documentos mais importantes do mundo.