O ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, juntamente com o seu homólogo francês Jean-Pierre Raffarin, elogiaram na segunda-feira a capacidade da iniciativa chinesa “Um Cinturão e Uma Rota” de melhorar os canais infraestruturais entre a Ásia oriental e a Europa.
Discursando durante a Cimeira Sino-Europeia de Empreendedores (CSEE), agora a decorrer, Brown fez notar que os líderes chineses, enquanto divulgam a iniciativa, “falam sobre os benefícios da convergência – convergência de interesse e sobre a comunidade de interesse do resto do mundo”.
A visão de “um mundo a trabalhar em conjunto, integrado, independente e interligado” é uma visão partilhada pelas nações europeias, disse.
Comparecendo no mesmo evento, Raffarin descreveu a iniciativa chinesa como um grandioso investimento internacional em infraestruturas, uma “unificação da Ásia e também uma abertura ao mundo”.
“Há uma necessidade de cooperação. Nenhum país pode sobreviver por si só. As parcerias permitem a abertura, sendo por isso que esta conferência é tão importante para nós”, acrescentou Raffarin.
Wu Jianmin, vice-diretor da CSEE e diplomata veterano da China, disse a uma audiência de várias centenas de empreendedores chineses e europeus que, na sua ótica, o timing to evento era satisfatório.
“De uma perspetiva chinesa, após mais de 38 anos de reforma e abertura ao resto do mundo encontramo-nos a entrar numa nova fase de abertura. 2014 foi um ponto de viragem, porque este ano o investimento externo chinês superou pela primeira vez o investimento estrangeiro no país”, disse Wu.
“Este é apenas o começo, pois as empresas chinesas estão a globalizar-se. As empresas chinesas precisam de o fazer para o seu próprio desenvolvimento e o mundo precisa de investimento chinês”, acrescentou.
Liu Xiaoming, embaixador chinês no Reino Unido, reitera que “Um Cinturão e uma Rota” promoverá “múltiplos benefícios”.
Para o diplomata, o projeto irá promover o comércio e o investimento, a cooperação entre a China e os países ao longo da rota, partilha de conhecimentos técnicos, informação, profissionais, assim como facilitar o fluxo e a integração de capital além-fronteiras.
A Europa é o lar da maior concentração de economias desenvolvidas do mundo, assim como o maior parceiro de negócios da China, ressaltou Liu.