Um homem chora em frente ao Centro Médico Regional de Orlando.
O presidente americano Barack Obama desafiou na terça-feira o congresso controlado pelos republicanos para reinstalar a proibição de armas de assalto, após aquele que é considerado o maior massacre protagonizado por um tiroteio na história dos EUA.
Pelo menos 49 foram mortos e outros 53 feridos, incluindo um agente da polícia, na madrugada de domingo, num bar LGBT em Orlando, no estado da Florida.
O protagonista do massacre, identificado pelas autoridades como Omar Mateen, utilizou uma metralhadora AR-15 e uma pistola para levar a cabo o ataque. Ambas as armas foram adquiridas de forma legal.
“Reinstalar a proibição de armas de assalto, tornar mais difícil aos terroristas usarem estas armas para nos matar”, disse Obama durante uma conferência de imprensa, advertindo que sem uma proibição, “este tipo de eventos continuarão a acontecer”.
A manufatura para uso civil de certos tipos de armas semiautomáticas foi banida em 1994. Porém, quando a proibição expirou em 2004, o congresso norte-americano recusou-se a renovar a lei.
Durante um discurso na sua campanha, Hillary Clinton falou da necessidade de controlar o terrorismo, enfatizando também a necessidade de exercer um controlo mais apertado sobre a utilização de armas de fogo.
No final de segunda-feira, Donald Trump referiu-se à situação em New Hampshire, numa das paragens da sua campanha presidencial, declarando que iria “suspender a imigração” proveniente de partes do mundo onde haja provas da ligação entre esses países e o terrorismo.
Em resposta aos defensores de regras mais firmes para a posse de armas de fogo, Trump fez notar que, embora França tenha leis restritivas, teve lugar o ataque terrorista do ano passado em Paris.
Para o bilionário concorrente à Casa Branca, um controlo mais apertado na posse de armas, tornaria os americanos que se regem pelas leis do país mais vulneráveis a ataques terroristas.
O autarca de Orlando, Buddy Dyer, disse num discurso durante a vigília de segunda-feira: “iremos ultrapassar esta situação, pois no período mais negro da nossa cidade, os nossos residentes demonstraram que são existe uma luz”.