Por Li Zengwei e Wang Yunsong
O presidente chinês, Xi Jinping, inicia uma visita de estado à Polônia, no dia 20 de junho
“A visita do Presidente Xi Jinping reflete não só a relação de amizade entre a China e a Polónia, mas também o reconhecimento da importância da Polónia enquanto integrante no projeto ‘Um Cinturão e Uma Rota’”. Estas foram as palavras de Witold Waszczykowski, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, numa entrevista exclusiva concedida ao Diário do Povo. O ministro considera que a esta visita refletir-se-á no aumento da cooperação política e económica entre os dois países, inaugurando um novo capítulo no relacionamento entre os dois países.
Waszczykowski refere que nos últimos anos, os líderes de ambos os países têm intercalado visitas e solidificado uma relação de parceria estratégica. Na visita do Presidente Duda à China, ambas as partes assinaram um memorando de entendimento no qual se prevê que a Polónia integre a iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”.
“Consideramos a iniciativa ‘Um Cinturão e Uma Rota’ uma oportunidade de aprofundar a relação de parceria entre a Polónia e a China”. A Polónia e a China têm já três centros de comércio que intercalam as cidades com maior atividade comercial nos dois países. Construção de infraestruturas, transporte e energia são os três campos nos quais a Polónia coloca maior importância na cooperação com a China. A Sinohidro Group Ltd obteve o direito exclusivo da dragagem do rio Odere de Vratislava. Por seu turno, as empresas de capital da Europa Central e Oriental investiram também em empresas energéticas da Polónia. Estes empreendimentos revelam a vitalidade daquela região geográfica, na qual a China é também um interveniente.
O ministro polaco fez referência ao “milagre económico” protagonizado pela China ao longo dos últimos 30 anos. Por outro lado, como o maior país da Europa Central e Oriental, a Polónia também tem bastantes vantagens. Com um desenvolvimento económico estável e robusto e uma força laboral qualificada, a Polónia afirma-se como um país cujo potencial de cooperação económica com a China é imensurável.
Segundo Waszczykowski, como único país da Europa Central e Oriental a fazer parte do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), a Polónia tem todo o interesse em explorar o potencial da iniciativa “Um Cinturão e uma Rota”. O ministro acrescentou também a disponibilidade da Polónia para incrementar o projeto “cooperação 16+1” com os outros países da Europa Central e Oriental e fomentar a cooperação governamental com a China.
O 13º plano quinquenal da China tem muitos pontos em comum com o plano de desenvolvimento da Polónia. Waszczykowski terminou frisando a necessidade dos dois países alicerçarem a cooperação em áreas como pesquisa e inovação, desenvolvimento sustentável, energias renováveis, entre outros. “Podemos através de vários níveis atingir benefícios para ambas as partes. Este é o objetivo primordial da Polónia na sua relação com a China, ” afirmou.