Beijing, 30 jun (Xinhua) -- A decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (Brexit) pode ter consequências importantes para a taxa de câmbio e as políticas monetárias do país, disse um economista da J.P.Morgan.

O Brexit foi um grande abalo para a economia e o mercado financeiro global, com seu impacto ainda a ser descoberto, disse Zhu Haibin, economista chefe da J.P.Morgan China em um relatório de pesquisa.

Isso causará mais volatilidade no mercado de câmbio externo global, e para evitar oscilações agudas da taxa de câmbio, o banco central da China talvez tenha de ajustar sua política de câmbio exterior, já que mantêm o regime atual da taxa de câmbio baseado no mercado, disse Zhu.

O especialista prevê que a taxa de câmbio do yuan possa cair para 6,75 para US$ 1 até o final de 2016, mas afirmou que isso é mais provável de ser impulsionado por um dólar forte do que pela desvalorização do yuan.

Após o Brexit, as principais economias preferem ritmos mais desacelerados ou de alívios monetários adicionais na normalização da política monetária, a política monetária da China permanecerá imparcial ao invés de mudar em direção a um aperto, disse Zhu.

A política monetária da China poderia ter uma leve inclinação de alívio se a situação macroeconômica enfraquecer novamente, segundo a previsão do economista.

Em termos de comércio, existe pouca possibilidade de a China enfrentar qualquer grande obstáculo direto por causa do Brexit e do impacto indireto, pois a desaceleração econômica no Reino Unido e na União Europeia pode ser compensada por meio da busca de um relacionamento comercial mais próximo pelas duas partes com a China e outros países, disse Zhu.