A China está planejando a criação do seu primeiro escritório para a imigração, sob a tutela do Ministério da Segurança Pública, antes do final do ano.
Segundo informações da Bloomberg, avançadas na terça-feira(19) citando uma fonte com conhecimentos do plano, o escritório seria criado por meio da fusão e expansão dos departamentos de controlo de fronteiras e da administração de entradas e saídas do ministério.
Segundo a reportagem, o ministro da segurança pública, Guo Shengkun, que ocupa simultaneamente o cargo de conselheiro de Estado, revelou o plano no início deste ano numa reunião interna sobre a reformulação dos serviços de segurança doméstica.
Confirmando a existência do plano, outra fonte interna disse ao jornal China Daily não haverem ainda detalhes. Esta fonte acrescentou que não tinha ainda claro se teria uma organização intergovernamental a tratar dos assuntos de imigração.
A ideia da criação de um escritório especializado em imigração é o sinal mais recente de que a China considera importante o recrutamento de trabalhadores estrangeiros. Este é um fator particularmente importante, numa altura em que o presidente Xi Jinping procura talentos estrangeiros para ajudar a fazer transição para uma economia de consumo, estimulada pela inovação.
O governo central emitiu um documento alusivo à residência permanente dos estrangeiros em fevereiro, o qual refere que "vai melhorar ainda mais a estrutura organizacional e a delegação de responsabilidades dos assuntos de imigração, assim como colocar as funções de elaboração, revisão e aprovação das políticas de residência permanente sob uma única agência".
Cerca de 600 mil estrangeiros trabalham na China, representando uma pequena fração da sua população de 1,3 bilhão de habitantes. Esta situação contrasta com o cenário das metrópoles internacionais, nas quais os imigrantes representam 20 a 80 por cento da população, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.